Camisinha feminina: quem nunca? Chegou a vez delas de sacarem da carteira, de irem ao banheiro, encaparem e se prevenirem. Mas compensa investir nessa proteção? gplus
   

Camisinha feminina: quem nunca?

Chegou a vez delas de sacarem da carteira, de irem ao banheiro, encaparem e se prevenirem. Mas compensa investir nessa proteção?

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Existem determinadas coisas nesse mundo que são tarefas propriamente masculinas, como levar o lixo para a rua, trocar a lâmpada e colocar a camisinha antes do sexo. Mesmo que essa última fuja à regra em determinadas situações, é um aprendizado e prática obrigatória da iniciação sexual de um homem. Imagine o que uma mulher pensaria se, em sua primeira transa contigo, tivesse a responsa de preparar o seu equipamento para o trabalho duro? Complicado. Mas os tempos são outros e, agora, a mulherada tem o seu próprio escudo contra as preguiças e preferências sexuais masculinas: a camisinha feminina. Quem não conhece, não comeu, mas só ouve falar, vai saber um pouco mais aqui embaixo. 

É tudo com elas

A iniciativa feminina está mais comum do que o homem pensa. E, caso caia um desavisado na cama de uma mulher esperta, a coisa pode ficar séria. De acordo com a ginecologista e sexóloga, Jaqueline Brendler, diretora da Associação Mundial de Saúde Sexual (WAS), a mulherada quer mesmo é evitar uma brochada deles. "Muitos homens perdem a ereção ao tentar colocar a camisinha masculina. E, algumas, inclusive, colocam a feminina longe do olhar masculino por causa do preconceito com o tamanho do preservativo. Acabam assim, resolvendo a questão das DSTs e contracepção por elas mesmo", pontua a especialista.

Jaqueline conta ainda que não existe, até hoje, nenhum estudo que compare a espessura entre esses dois tipos de camisinha, mas essa não deve ser a preocupação dos casais. "O preservativo feminino é também lubrificado por dentro e possui bordas que estimulam a excitação dos lábios vaginais, massageando-os durante a transa", diz. "E fique tranquilo, não conheço nenhum caso de mulher se queixando por não sentir o pênis do parceiro. E se você tiver preguiça nas preliminares, pode ajudar. Ela é fina, vai dar conta", adiciona em tom de humor a sexologa. 


Resultado do test-drive

Carina Bittencourt, de 29 anos, nunca havia testado uma camisinha feminina até receber o convite para participar desta matéria. Foi para casa e propôs ao namorado que por sua vez, segundo ela, pensou ser alguma sacanagem mais ousada. "Homens…ele já associou minha curiosidade àlguma putaria da mente dele", comenta a gata de olhos verde enquanto explica que o preço de R$7,20 por unidade já inviabilizaria o uso constante do produto. "A surpresa não foi só o valor, mas a performance. No começo, é meio esquisito porque o formato é horrível e para colocar é  ruim, mas a sensibilidade da penetração é maior, tanto para mim quanto para ele", finaliza Carina.

Deixamos a intimidade do casal e encontramos outra pessoa que também teve curiosidade, mas dessa vez um homem. O empresário Maurício Lima, 30 anos, sugeriu para sua parceira e também achou complicado de manusear por conta do formato. "A mulher tem que estar mais relaxada e em uma posição adequada. Preocupações que não temos com a camisinha tradicional. É só encapar e mandar ver", brinca o empresário, que também desconsidera usar com frequência por conta da estranheza. "Faz barulho e mesmo sendo uma questão de adaptação, é desconfortável. Usar na falta de outra opção, tudo bem. Agora não dá para substituir, não", conclui Lima.