A maioria dos homens acredita que sexo só é bem realizado após uma onda de orgasmos delirantes. Mas, já se imaginou indo para a cama com a sua parceira sem este objetivo? Bem, uma técnica “revolucionária” chamada Karezza prega justamente tal ideia.
A proposta da prática erótica, que a princípio parece estranha, é atrasar a ejaculação masculina para aumentar a resistência do casal durante uma relação sexual. Promove, assim, uma experiência emocional intensa e positiva no casal, já que o foco é apenas dar e receber prazer.
Esse método foi proposto pela obstetra e ginecologista americana Alice Bunker Stockham no século XIX. Sua ideia era experimentar uma sensação corporal mais importante, que iria além do simples orgasmo. Por isso, ela defendeu a contenção masculina e também encorajou as mulheres a evitarem o orgasmo para que existisse uma “igualdade sexual” durante o sexo. E conseguiu.
Atualmente, muitos sexólogos relatam que a prática serve de alternativa para aumentar a libido, o prolongamento das sensações e, até, ajudar com o tratamento da ejaculação precoce. “O homem aprende a se concentrar nas sensações e não fica tão preocupado com a questão do orgasmo e do prazer. Então é bem interessante, já que, em conseqüência, se o homem tem ejaculação precoce a mulher muitas vezes sofre por também não conseguir chegar ao orgasmo”, explica a sexóloga do site C-date, Carla Cecarello.
O clima, claro, pode esquentar, mas é preciso ter controle para que o orgasmo não aconteça de fato. “É uma ideia para o casal prolongar o ato sexual, mas valorizando outras questões, como, por exemplo, o afeto entre eles”, diz Carla.
Apesar de parecer quase um absurdo (“Transar sem gozar? Como assim?”), a prática não é lá tão diferente da convencional, pois é permitida a troca de carícias, sexo oral e até a penetração. Porém, “quase lá”, o casal tem que parar e recomeçar – o que é bom, convenhamos, pois libera vocês daquela necessidade de querer cumprir o dever de macho alfa na cama e acabar falhando.
Para quem se interessou, vale lembrar que o Karezza deve ser realizado com bastante calma e de forma íntima. Ou seja, nada de praticar com a novinha que acabou de conhecer na balada. “Essa técnica exige do casal um ritmo completamente diferente, então não adianta fazer nada muito afoito. Os toques são suaves, menos intensos, posições também são feitas com muita tranquilidade, suavidade. O que é valorizado é justamente fazer com que a energia sexual vá crescendo pouco a pouco entre os dois, deixando o casal mais excitado e com mais disposição para estar curtindo o sexo”, recomenda a sexóloga.
Carla ainda afirma que não há contra indicação ou futuros problemas para a saúde sexual dos casais que querem praticar a técnica, mas que ambos precisam ter vontade de testá-la. “É uma forma de aproximar os casais e melhorar a vida erótica dos mesmos”, conclui.
COMO PRATICAR
Primeiramente, você deve se concentrar em agradar a sua parceira, seja através de toques ou beijos nas partes mais sensíveis do corpo, como o pescoço e as orelhas.
Como a principal regra é ir com calma, vocês podem ir trocando carícias cada vez mais quentes ao longo dos dias, começando pelas áreas não-eróticas e, ao longo do tempo, aumentando a intensidade do contato com o corpo do outro, partindo para o sexo em seguida.
Mas, é importante lembrar que quando a relação estiver muito quente é hora de parar e recomeçar do zero, evitando a excessiva excitação e, principalmente, o orgasmo.
Sobre Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
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