Sair para beber com os amigos e exceder o limite do “é o último gole, juro!” sempre rendem boas e engraçadas histórias. Mas às vezes, quando bêbados, perdemos totalmente a noção do que fazemos (ou de quem somos) e temos que contar com uma ajudinha extra para não acabar ligando para a ex-namorada ou fazer uma tatuagem nada discreta igual a do ator Ed Helms, no papel de Stu, em Se Beber Não Case 2, por exemplo.

Aliás, foi justamente para evitar que cachaceiros de plantão achem uma boa ideia dirigir, mandar mensagens ou fazer uma tatuagem depois de ter esvaziado algumas garrafas, que cientistas da Universidade da Califórnia lançaram uma "tatuagem temporária" capaz de identificar quanto álcool você possui no seu organismo.

A “tatuagem”, que na verdade é um adesivo hidrogel com eletrodos e uma substância que estimula a transpiração, a pilocarpina, detecta o nível de álcool através do suor presente na pele do bebum. 

M4s c0mo S4ber que est0u bêbad3? Simples: o sistema presente no adesivo, que tem conexão Bluetooth, coleta a quantidade de álcool presente no suor e envia as informações do estado etílico do "tatuado" a cada 15 minutos para um aplicativo - basta conseguir manuseá-lo para acompanhar o próprio estado.

O professor de nanoengenharia Joseph Wang e o engenheiro elétrico Patrick Mercier, autores do projeto, afirmam que o dispositivo é revolucionário. “Ele pode ser usado pelos amigos do bêbado para verificar se é seguro entregar as chaves do carro, por exemplo”, descrevem no estudo. Eles ainda ressaltam que o pequeno adesivo sobre a pele pode ser usado por médicos e policiais para monitoramento em tempo real da quantidade de álcool no sangue de pacientes, motoristas ou suspeitos.

"Este dispositivo pode usar uma conexão Bluetooth, que é algo que um bafômetro não pode fazer”, afirmou Somayeh Imani, estudante de engenharia elétrica e co-autor do projeto no relatório da pesquisa. “Nós encontramos uma maneira de fazer uma tecnologia portátil e sem fio que são importantes na vida real", conclui.  

Agora, o próximo passo da equipe de pesquisadores é desenvolver um dispositivo que poderia monitorar continuamente os níveis de álcool por 24 horas nas pessoas “tatuadas”. Ou seja, o fim do "desculpe, achei que estava sóbrio" pode estar próximo, colega.