No Dia Internacional da Hemofilia, a BandNews FM denunciou o racionamento do fator usado no tratamento de hemofílicos em todo o país. O Ministério da Saúde nega e fala em "fracionamento" das doses.
O chamado "fator" é comprado fora do País pelo Governo Federal e repassado aos estados de acordo com a quantidade de pacientes por região. Atualmente, quase 20 mil pessoas precisam aplicar doses do remédio para evitar hemorragias nas articulações, que deixam sequelas.
A vice-presidente da Federação Brasileira de Hemofilia, Mariana Battazza Freire, afirma que a situação é muito grave e que o racionamento pode não matar, mas pode aleijar.
Até 2011, o Brasil tratava os hemofílicos por demanda, ou seja: só recebiam a dose do fator quando sangravam.
Após um acordo envolvendo Ministério da Saúde, Tribunal de Contas da União, órgãos que representavam os hemofílicos, Ministério Público e o Congresso, a profilaxia começou no país.
Desde então, passou a ser direito do hemofílico receber as doses para aplicá-las em casa.
Pacientes relatam ter conseguido apenas metade das doses necessárias nos hemocentros e que precisam economizar, guardando para um eventual sangramento mais grave, o que impede de fazer o tratamento profilático corretamente.
Em nota, o Ministério da Saúde admite que fracionou o medicamento no mês passado para assegurar o fornecimento a todos os pacientes, mas ressaltou que o tratamento continuou sendo oferecido normalmente nos Hemocentros.
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