Profissionais que fazem longas jornadas de trabalho, inclusive de madrugada, enfrentam o mesmo problema: o sono. Foi o caso de uma residente de medicina que passou a ser criticada nas redes sociais após ter uma foto sua compartilhada, em que aparecia cochilando durante um plantão. A médica recém-formada atendia seu 18º paciente da noite.
A residente de medicina, que cochilou às 3h, trabalhava no Hospital Geral 33, em Monterrey, no México. Ela preenchia um prontuário, apoiou a cabeça na mesa enquanto escrevia e acabou dormindo, segundo o hospital.
Após as críticas, médicos da América Latina começaram uma campanha com a hashtag #EuTambémDormi.
"Profissionais dormem no meio do expediente, porque o sono durante o dia não é 100% revigorante, por mais que a pessoa esteja em um local escuro e sem barulho", disse o biólogo Mário Pedrazzoli em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O cirurgião ortopedista Thiago Santana faz uma jornada de 40 horas de plantão. Ele chega ao hospital às 4h30, termina seu expediente às 21h e não tem tempo de dormir porque faz muitas cirurgias.
Thiago afirma ser notável, após as primeiras 24 horas, que o raciocínio fica "cansado", mas sua rotina logo recomeça. "Quando são 21h, vou pra casa, descanso e, às 4h, começo uma nova rotina, mas mais curta. Das 4h às 19h aproximadamente", contou o cirurgião.
Alan Santos, que trabalha em um posto de combustíveis na zona norte e também tem que passar as madrugadas em claro, afirmou que dormir durante o dia não traz o mesmo efeito de um sono noturno: "O corpo não aceita dormir de dia".
Mesmo trabalhando há dois anos de madrugada, Alan declarou que ainda sente sono. "Acho que todo mundo sente", opinou o frentista.
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