Estudos comprovam que o frio aumenta os casos de problemas cardíacos. A estimativa é de que o risco sobe cerca de 20% a cada redução de 10 graus na temperatura.
O comerciante Gelcio Espindola enfartou há dois anos e desde então começou a cuidar mais da saúde. Uma das preocupações é não passar frio. Na hora do banho, tem sempre um aquecedor e antes de sair, ele se agasalha bem. “Agora eu ‘to’ agasalhado sempre. Antes eu andava de pé no chão, botava o pé no piso, agora não boto mais, agora eu tiro o pé do sapato e ponho num chinelinho de pelo”, afirma Gelcio.
Há várias explicações para o aumento do risco de infartos, mas a principal é que as doenças respiratórias, comuns nessa época, causam inflamação nos vasos sanguíneos. Outro problema é que o frio deixa o sangue mais denso e, para piorar, as artérias se contraem para evitar perda de calo, dificultando a circulação.
A orientação dos médicos é se proteger do frio e reforçar os cuidados com a saúde, como a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada.
“A gente tende a fazer refeições mais reforçadas, fortes como o pessoal costuma dizer, e geralmente isso vem carregado de gordura, de sal. Também se consome mais álcool nessa época do ano, vinhos, destilados, isso também colabora pra descompensar”, explica o cardiologista Jorge Auzani.
Eliana Resser, auxiliar de produção, trata do coração há um ano e tenta seguir todas as recomendações. “Hoje eu me cuido e quero sair daqui uma nova pessoa, uma vida nova e um coração restaurado”, conclui Eliana.
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