Para marcar o Dia Mundial de Combate a Hepatites Virais, instituído no dia 28 de julho, na terça-feira, a Associação Brasileira de Portadores de Hepatite promove uma série de ações. Uma das mais importantes é a oferta durante toda a semana de testes gratuitos em várias cidades do país.
A hepatite C é uma doença silenciosa, matando mais que a Aids e, por isso, é tão importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes. Desde 2000, foram notificados 68.297 casos em São Paulo, número que representa apenas 0,1% da população paulista, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De toda a população mundial, a Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 3% da esteja infectada com o vírus.
“Embora as hepatites virais sejam doenças de notificação compulsória no Brasil desde 1996, acreditamos que os casos notificados estejam aquém do número real de pessoas infectadas pelo vírus. Por isso, queremos conhecer o real número de portadores de hepatite C no estado de São Paulo para definir políticas públicas que assegurem um trabalho de qualidade em três frentes essenciais: prevenção, controle e tratamento”, afirma o secretário de Estado da Saúde, David Uip.
Com o intuito de mapear o real número de pessoas com hepatite C em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde lançou nesta segunda-feira um censo que tem como objetivo ampliar e fortalecer as políticas de prevenção e tratamento da doença.
Para isso, os portadores de hepatite C de todo o estado deverão preencher um cadastro online, disponível no site da Secretaria (http://www.saude.sp.gov.br/). As informações pessoais serão mantidas em sigilo e utilizadas especificamente para esse levantamento. A iniciativa se ampara na necessidade de aprimorar as ações de prevenção e controle da doença que, por seu perfil assintomático, permite a subnotificação de casos.
Transmissão acontece por meio de sangue contaminado
O diagnóstico precoce da hepatite C pode prevenir problemas de saúde que podem resultar de infecção e evitar a transmissão do vírus, que ocorre apenas pelo contato com o sangue contaminado.
A testagem para detecção da infecção pelo vírus da hepatite C é ofertada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), além de ser disponibilizada em campanhas especiais da Secretaria de Estado da Saúde, voltadas à abordagem dos grupos de risco: usuários de drogas injetáveis, filhos de mães infectadas, parceiros de portadores do vírus e pessoas com tatuagens ou piercings.
O vírus da hepatite C pode provocar infecções agudas ou crônicas. Em geral, a doença é assintomática e raramente causa riscos, como ocorre nas infecções agudas, no entanto, casos crônicos podem resultar em graves danos ao fígado.
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