O Instituto Butantan espera aplicar a vacina contra a dengue em 17 mil voluntários a partir de outubro. Será a terceira e última fase de testes antes da avaliação por agências regulatórias.
A convocação dos voluntários, no entanto, só ocorrerá após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Além da vacina do Instituto Butantan, existem outras iniciativas de desenvolvimento de vacina contra dengue. A que está na fase mais avançada é a da farmacêutica Sanofi Pasteur, que já concluiu a fase 3 de pesquisa clínica e submeteu o produto à avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária em março.
De acordo com uma análise independente publicada nesta no dia 27 de julho, a vacina contra dengue feita pelo laboratório francês Sanofi é eficaz em mais de 80% dos pacientes afetados pela infecção.
A vacina experimental permitiu que fosse evitada a hospitalização de 80,8% das crianças a partir de nove anos, que participaram de três testes clínicos analisados pelo periódico médico americano New England Journal of Medicine (NEJM). Na faixa de dois a oito anos, a eficácia média foi de 56%.
Em 93,2% dos casos, a vacina também protegeu contra a forma mais grave da doença no grupo de crianças de nove a 16 anos e, em 44,5%, no grupo de dois a oito anos, afirmaram os autores da análise.
Também se observou, porém, um aumento inexplicável de casos de internação por dengue durante o terceiro ano da vacina entre as crianças com menos de nove anos. Os pesquisadores sugerem que o fenômeno deve ser "cuidadosamente observado" no longo prazo.
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