As ervas medicinais ou bioativas são usadas há séculos como auxiliares em tratamentos de saúde. Porém, usar uma planta no lugar de um medicamento, sem consultar um especialista, pode ser um risco.
Em uma horta comunitária, localizada na zona Leste de Porto Alegre, tem aumentado a procura por plantas medicinais, tanto que elas já ocupam metade dessa área. São pelo menos 100 espécies que trazem benefícios para a saúde.
Segundo a agricultora Lurdes Ágata, que cuida da horta, o poejo combate resfriados, a lavanda além de perfumar também é um calmante, e a citronela, apesar de não ser medicinal, funciona como repelente de insetos. Contudo, é preciso ter atenção. O chá de algumas espécies, como a losna, precisa ser consumido em pouca quantidade, porque em excesso pode fazer mal. “Essas orientações muitas vezes as pessoas não sabem”, aponta Lurdes. “Tem que ter todo esse conhecimento porque a pessoa pode ficar doente também”.
As propriedades medicinais de algumas plantas já foram até comprovadas pela ciência, mas não substituem os tratamentos médicos convencionais. “O principal é procurar um profissional habilitado, como médico, nutricionista, farmacêutico, para poder fazer a avaliação”, aconselhou o Presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais do Rio Grande do Sul, Eduardo Aranovich. “Não da pra deixar para as plantas a solução dos seus problemas, porque nem todas as plantas tem princípio ativo capaz de causar efeito no organismo”.
A professora Edena do Canto acredita nos chás e medicamentos à base de plantas, mas segue à risca as orientações do seu médico. “Para mim é apenas um reforço, eu continuo fazendo as revisões médicas, tomando os remédios do médico”, explicou.
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