Cento e treze mil mulheres são internadas todos os anos no Brasil por complicações decorrentes de abortos ilegais. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, morrem por dia 800 gestantes tentando interromper a gravidez de forma clandestina.

Um estudo feito por um instituto americano em 26 países em desenvolvimento aponta que anualmente, sete milhões de mulheres passam por tratamentos hospitalares depois de abortos inseguros.

Quase um milhão de abortos são induzidos no Brasil todos os anos e uma em cada cinco mulheres já adotou essa prática. O procedimento é crime no país e só é permitido em casos de estupro, feto sem cérebro e risco de morte para a gestante.

Em outubro do ano passado, uma jovem morreu depois de um aborto malsucedido numa clínica ilegal na zona Oeste do Rio de Janeiro. Criminosos queimaram o corpo da garota para não deixar rastros.

Para a OAB, o aborto deve ser tratado como questão de saúde pública e não pela esfera criminal.

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