O número de fumantes diminuiu 30% no Brasil na última década, mas 10% da população ainda mantém o vício do cigarro. Estima-se que o tabagismo esteja ligado a 200 mil mortes por ano no país.
Porto Alegre é a capital com a maior taxa de fumantes, 18% da população. Para muitas pessoas, largar o cigarro é uma tarefa difícil. Além de perder o hábito, é preciso enfrentar a dependência química.
O supervisor de produção Alex Freitas, de 36 anos, sofreu dois infartos e um derrame. Mesmo assim, ele segue fumando. “O cigarro é diariamente importante na minha vida”, explica.
65% dos fumantes com câncer não largam o vício
Já Maria Medeiros tentou parar duas vezes, mas não conseguiu. A auxiliar de serviços gerais assume que o cigarro, no momento, é mais forte que ela. “Depois de um cafezinho preto dava aquela vontade”.
O cigarro tem quatro mil e 600 substâncias tóxicas. Composto ativo do tabaco, a nicotina é a principal causa da dependência. Quando chega ao cérebro, ela ativa áreas envolvidas na produção de sensações de prazer e gratificação. “O cérebro vai se acostumando com aquela substância e na medida que a pessoa para de fumar, o cérebro sente a falta, o que caracteriza a dependência, ai vem o comportamento de fumar novamente pra satisfazer a falta da substância”, aponta o pneumologista Marcelo Gazzana.
O tabagismo está associado a várias doenças, como câncer, infarto, AVC e enfisema pulmonar. O narguilê, cachimbo de água de origem árabe, também oferece riscos. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), 300 mil pessoas fazem uso do acessório no país. De acordo com a entidade, uma sessão de narguilê equivale ao consumo de 100 cigarros.
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