No campo da saúde, o Brasil tem uma marca preocupante: o país é o líder mundial em mortes por insuficiência cardíaca, com 100 mil novos casos a cada ano, segundo dados da Abec (Associação Brasileira de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).
Segundo o levantamento, 12,5% dos internados por causa da doença morrem no hospital.
A insuficiência cardíaca resulta de alguma desordem estrutural ou funcional do músculo do coração, o miocárdio, que fica com sua capacidade de bombear sangue comprometida. As causas do problema podem ser diversas, entre elas infarto, diabetes, obesidade e hipertensão.
Falta de ar, cansaço fácil, dor no peito e tonturas são alguns sintomas que caracterizam a insuficiência cardíaca. Palidez, pressão arterial baixa e edema (inchaço) nas pernas e no abdômen também estão entre os reflexos da doença.
“Muitos acreditam, por exemplo, que é normal o idoso estar cansado e não ter disposição para mais nada, mas não é”, alerta Cláudio Fuganti, presidente da Abec/Deca.
“Ele pode e deve ter qualidade de vida. Um implante de marca-passo em casos de batimento cardíaco lento, por exemplo, pode trazê-lo de volta a uma vida ativa", explica o cardiologista.
"Atualmente, mais de 300 mil pessoas utilizam marcapassos no Brasil e, a cada ano, em torno de 49 mil novos dispositivos são implantados pelo SUS, convênios e particulares.”
Atualmente, a cirurgia para implantação do marca-passo é considerada simples e dura pouco mais de uma hora - o paciente pode ir para casa no mesmo dia ou no dia seguinte.
Os marca-passos modernos são amplamente protegidos contra a influência de aparelhos elétricos-eletrônicos e duram dez anos, em média.
Após a cirurgia, o cardiologista destaca que o aparelho melhora a capacidade do coração de bombear o sangue regularmente e no momento adequado, com a maioria dos portadores deixando de sentir sintomas e ficando mais dispostos.
Veja mais em: BAND