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Câncer: novos tratamentos têm se mostrado promissores

10/11/2015 00:00

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O caminho para a cura do câncer ainda é longo, mas novos tratamentos têm se mostrado promissores. Uma das principais apostas é a imunoterapia, que reforça as defesas do organismo e reduz efeitos colaterais. Confira o segundo capítulo da série “A Medicina do Futuro” da Rádio Bandeirantes.

Os nomes dos medicamentos são complicados: pembrolizumabe e nivolumab. Nada a ver com a polêmica fosfoetanolamina, que não passou pelas etapas de pesquisa exigidas pela lei e cujos efeitos ainda não foram comprovados cientificamente. 

As substâncias têm sido aplicadas no exterior no tratamento de tumores agressivos, principalmente de pele e pulmão. 

Aprovados nos Estados Unidos, mas ainda dependendo do aval da Anvisa ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil, os remédios dão um “reforço” no sistema imunológico dos pacientes.

O médico Artur Kats, coordenador de oncologia clínica do Hospital Sírio Libanês, ressaltou que os medicamentos atuam de forma diferente comparado a uma quimioterapia comum. “Uma coisa interessante é que, essas drogas não sendo quimioterápicas, elas são mais toleradas do que uma quimioterapia tradicional”, explicou.

Pelo que afirma Artur Katz, as pesquisas avançam no sentido de que “bombar” as defesas do organismo é o principal caminho para curar o câncer. 

“É possível que uma parcela desses pacientes venham a ser curados com essas drogas. A gente ainda não sabe se esses controles de longo prazo vão se traduzir em curas ao longo do tempo, mas existem esperanças que, com essas novas ferramentas, nós possamos curar uma parcela de pacientes que, hoje, tem a doença considerada incurável”, disse o coordenador de oncologia. 

Radioterapia interna seletiva

Outro tratamento que começa a ser usado no Brasil e promete avançar ainda mais no futuro é a radioterapia interna seletiva. 

Ela é aplicada, atualmente, no controle de câncer no fígado, o órgão vital que, quando é atingido pela doença, afeta o resto do corpo.

De acordo com o médico radiologista do Hospital Albert Einstein, Breno Boueri Affonso, esferas radioativas microscópicas são inseridas diretamente no tumor. “Através desse direcionamento, a gente, com um cateter, vai até o canto do fígado, onde existe um tumor, e injeta exatamente naquele ramo que nutre o tumor. Então, não tem uma difusão sistêmica que dá efeito colateral como a quimioterapia normal”, explicou.

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