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Gravidez e Zika Vírus: saiba mais sobre o tema

28/11/2015 00:00

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Descoberto na década de 1940 em Uganda, na África, o Zika Vírus só voltou a preocupar há três anos, quando um surto da doença atingiu a Polinésia Francesa, ilha do Oceano Pacífico que registrou 30 mil casos da doença.

Desde março deste ano, porém, novos casos da doença, que é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, começaram a aparecer no Nordeste brasileiro. Em outubro, o número de bebês com microcefalia disparou em sete estados da região.

Na terça-feira (24), durante coletiva de imprensa, o Ministério da Saúde informou que já foram notificados 739 casos suspeitos de microcefalia, em 160 cidades.

"Estamos com o problema potencializado. Além da dengue, que mata, além da chikungunya, que aleija temporariamente, temos o zika vírus, que aparentemente causa a microcefalia. (É) um problema de dimensões muito grandes que temos que enfrentar", afirmou Marcelo Castro, ministro da saúde.

"Nunca tivemos a circulação do Zika em um país populoso como o Brasil", acrescentou o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

Microcefalia

Pouco se sabe sobre o Zika Vírus no meio científico. Em 2013, a publicação científica "Eurosurveillance" relatou um estudo com duas mães que foram infectadas pela doença, assim como seus bebês. Apesar de terem o vírus no organismo, todos tiveram “evolução favorável” do caso.


No Brasil, o vírus foi encontrado no líquido amniótico de duas gestantes que tiveram os bebês identificados com microcefalia.  Para estudar se existe correlação entre o Zika e a microcefalia, a Universidade Federal da Bahia, em Salvador, separou grupo de grávidas infectadas com o vírus para acompanhar toda a gestação e nascimento.

Segundo o Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Apesar de ser menos grave que a dengue em adultos, o uso de ácido acetilsalicílico – a popular aspirina - deve ser evitado, porque a substância aumenta o risco aumentado de hemorragias.

Por isso, Cláudio Maierovitch recomenda ás que gestantes que não usem qualquer tipo de remédio que não tenha prescrição médica, além do contato com pessoas doentes que podem estar com febre, com alguma vermelhidão no corpo ou alguma doença transmissível.

"Também é uma preocupação em relação as doenças infecciosas, que se protejam de mosquitos que eventualmente  são transmissores de doenças também. Isso significa, deixar as janelas e portas de casa fechadas ou com telas de proteção, utilizar roupas com mangas compridas ou calças compridas, meias para proteger da exposição aos mosquitos e repelentes das áreas que ficarem descobertas", acrescenta o  especialista. "Nunca é demais lembrar, que os mosquitos proliferam quando a condições para eles proliferarem. Então, é importante eliminar os criadores de mosquitos, fechar as caixas d’aguas e outros locais onde o mosquito pode se reproduzir".

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