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DF: na rede pública, exame que detecta infarto não é feito

05/01/2016 00:00

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Um exame primordial para o diagnóstico de infarto não está sendo realizado na rede pública do DF por falta de reagentes que detectam enzimas cardíacas. Os reagentes são capazes de encontrar no sangue as substâncias cardíacas que são liberadas quando o coração começa a sofrer o infarto (veja como funciona abaixo) e o eletrocardioagrama, sozinho, não consegue fechar o diagnóstico. 

O resultado é que pacientes com sintomas de dor no peito ficam em observação, muitas vezes sem medicação adequada, porque o médico não consegue confirmar se há um infarto.

Outros tipos de reagentes, desta vez para exames de sangue, também estão com estoque zerado na Farmácia Central há dez dias. A Secretaria de Saúde afirmou que o processo para compra está em curso e a promessa é de que cheguem ainda nesta semana. Nas unidades de saúde ainda há os produtos, que estão em ‘limite prudencial’ -- ou seja, só são capazes de atender “casos graves e essenciais”. 

Passo a passo do diagnósticoReprodução Metro

Desabafo 

O relato comovido de um médico residente ganhou as redes sociais e alertou para a falta do exame de enzimas cardíacas, ontem. No depoimento, o jovem conta que recebeu um senhor de 64 anos com dores prolongadas, que acabou morrendo porque o exame -- que precisou ser feito pela família em laboratório particular -- chegou tarde demais. 

Segundo o conselheiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia Lázaro Ramos, os reagentes são fundamentais “Não é algo que pode faltar em um pronto-socorro”, diz.

A diretora do Sindicato dos Médicos Lílian Lauton concorda e alega que os médicos de toda a rede pública estão lidando com o problema há um ano. “Esse caso do residente foi narrado, mas a situação aconteceu o ano todo. Eram mortes evitáveis, e o Estado não está fazendo nada”, condena. 

Explicação 

Segundo a secretaria, a compra emergencial dos reagentes foi questionada pela Procuradoria Geral do DF, que pediu maiores detalhes de custos, e os esclarecimentos foram prestados, deflagrando o processo. A previsão de abastecimento é de até 60 dias, mas os técnicos trabalham para reduzir o prazo. 

“Enquanto esse processo não é finalizado, a Secretaria de Saúde recomenda aos médicos da rede pública o encaminhamento dos pacientes para o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (unidade contratada da SES/DF) para fazer o exame”, divulgou o órgão.

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