A notícia de que o ator Edson Celulari está tratando um linfoma não-Hodgkin trouxe, de novo, a doença para o centro do debate durante a semana que passou.
Em entrevista ao BandNews TV, o médico hematologista Phillip Scheinberg explicou que o sintoma mais comum do linfoma é o aparecimento de gânglios linfáticos inchados (ou "ínguas") no pescoço, tórax e abdômen, além de febre, perda de peso ou suor excessivo.
O desenvolvimento anormal dos linfócitos (células que combatem infecções no corpo) é a principal causa do surgimento de linfomas.
O tratamento depende da idade do paciente e do estágio da doença. A possibilidade de cura depende do momento do diagnóstico (feito por biópsia) e sobretudo do estado da doença: quanto mais cedo for descoberta, maiores serão as chances.
"Como os linfomas envolvem os gânglios, que estão pelo corpo inteiro, o tratamento quase sempre envolve quimioterapia", comentou Scheinberg, que trabalha no Instituto de Oncologia Antônio Ermínio de Moraes.
Incidência
De modo geral, os cânceres hematológicos, categoria onde se encaixam os linfomas, não são tão comuns quando comparados com a incidência dos tumores de mama e de pulmão.
A percepção desse aumento acontece por que foram reportados pela mídia casos recentes de personalidades que tiveram de lidar com a doença - o ex-presidente Lula, a presidente afastada Dilma Rousseff e o ator Reinaldo Gianecchini passaram por tratamento para curar linfomas.
"Do ponto de vista objetivo, não há um aumento da incidência dos linfomas", conclui Scheinberg.
Assista: Phillip Scheinberg explica diferença entre linfoma não-Hodgkin e Hodgkin
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