A doença neurológica que vitimou o ator Guilherme Karan, 58 anos, é genética e não tem cura. Conhecido pelos personagens cômicos na televisão e no teatro, Karan morreu na última quinta-feira (7) por complicações da síndrome de Machado-Joseph.
Incurável, a doença de Machado-Joseph é causada por uma mutação genética e acomete duas pessoas em cada cem mil. Os sintomas iniciais, como a alteração do equilíbrio e da coordenação motora que impedem a locomoção, a dificuldade na fala e na deglutição, começam a ser percebidos de forma sutil. Em geral, quando o indivíduo tem entre 35 e 50 anos. Depois das primeiras manifestações, o prognóstico de vida é de 25 anos, em média, com perda total da qualidade de vida e maior suscetibilidade a infecções.
Estimativas feitas no Brasil apontam para um caso da síndrome a cada 100 mil habitantes. No entanto, a situação é diferente no Rio Grande do Sul, que tem casos acima da média. A explicação está na história: o sul do país teve forte colonização dos moradores das ilhas dos Açores, em Portugal – lugar que, inexplicavelmente, tem o maior número de casos desta síndrome no mundo: um a cada 140 açorianos tem a doença de Machado-Joseph.
Um dos principais centros de pesquisa de Machado-Joseph do mundo fica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. “Nesses últimos anos nós entendemos melhor a evolução da doença e os parâmetros que devem ser utilizados nesses estudos de tratamento”, afirmou o pesquisador Jonas Saute em entrevista à Band.
Outro centro de referência fica na Universidade de Coimbra, onde pesquisadores já conseguiram travar a evolução da doença em ratos.
Saiba mais sobre a doença na reportagem do Jornal da Band:
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