O presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não descarta a possibilidade do Brasil sofrer uma epidemia de um novo vírus que pode ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Durante um debate internacional sobre o Zika vírus, realizado nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, Paulo Gadelha confirmou que é preciso monitorar o vírus.
Segundo o Datasus, sistema do Ministério da Saúde, pacientes de pelo menos três estados testaram positivo para o vírus Mayaro: Goiás, Pará e Tocantins. A doença foi descoberta em 1954 e era encontrada especialmente em territórios de mata, principalmente em áreas do Norte e do Centro-Oeste, mas nunca houve qualquer relação confirmada com o Aedes. No entanto, pesquisadores da Flórida publicaram um estudo há poucos dias que indica que o vírus pode ser transmitido, também, por vetores urbanos, incluindo o Aedes egypti e o Aedes albopictus.
A doença causa sintomas semelhantes ao zika e a chicungunya, como febre, manchas vermelhas e dores no corpo. Apesar de não ter causado nenhuma morte até hoje, os sintomas do vírus Mayaro duram mais tempo que outras patologias similares.
Ainda não existe qualquer possibilidade confirmada da nova doença causar microcefalia em bebês, como acontece com o Zika. A confirmação acontece um ano após o Ministério da Saúde declarar situação de emergência na saúde pública do Brasil, justamente por causa do Zika.
Leia também:
Recife usa centro multidisciplinar para tratar microcefalia
Ministro admite que Brasil vive epidemia de sífilis
Veja mais em: BAND