Os anos 60 foram muito bons para as mulheres. Sutiãs queimados e uma reinvindicação de liberdade de expressão e a luta pela igualdade. Depois veio a primeira maratonista a concluir 42 km em uma prova de atletismo em que só homens poderiam correr. Mais para frente, a liberação do voto. Com muito custo, a mulherada veio conquistando seu espaço, mas a independência feminina ainda é jovem. Vive, quem sabe, seu melhor momento em 2012. Isso explicaria , talvez, o comportamento das nossas jovens belas representantes de Eva?
É notório que a mulher evolui mais rápido que o homem. Tanto fisicamente quanto psicologicamente. Porém, a repressão sofrida fez com que a necessidade de evolução viesse como uma erupção vulcânica. Que despertou no século XXI. "As meninas que nasceram em 90, até mesmo algumas que são da era dos 80, chegaram com pouquíssimos limites. As barreiras do querer e poder já haviam sido quase que todas subjulgadas. Essas garotas puderam, diferente de suas avós e mães, escolher o que gostariam de fazer. E com a benção da tecnologia, da internet e de Hollywood, descobriram o sexo antes do tido como o ideal. E gostaram muito. Virou uma questão de atitude, não mais momento ou prazer. A moda é transar", explica a sexóloga e terapeuta Solangi Elvira.
Não por menos, essas jovens mulheres ávidas por sexo descompromissado e antes do casamento caíram no gosto do público masculino. Aliás, isso não é motivo de preocupação para elas. "Vivemos uma democracia. Os homens, por muito tempo, transaram o quanto e com quem eles quiseram sem serem criticados. Queremos igualdade em tudo, inclusive nesse aspecto. Não somos galinhas porque transamos no primeiro encontro. Somos decididas", defende a blogueira "M." que, apesar da postura firme, prefere que não divulguemos seu nome.
Girls just wanna have fun?
É claro que essa liberdade toda vai muito mais além do que a simples igualdade de direito entre os sexos. As jovens de hoje querem aproveitar cada momento como se fosse o único, para não envelhecerem cheias de arrependimentos. "Existe uma corrida por essa juventude para aproveitar cada minuto de suas vidas, mas de maneira errônea. Querem beber, fumar e transar deliberadamente. Confundem liberdade com libertinagem. É preciso colocar rédeas para que não se percam no mundo das drogas, das DSTs, gravidez indesejada e outros problemas que já são crônicos em nossos jovens", alerta Solangi.
Além disso, outros objetivos prevalecem na vida dos jovens, se não o casamento, diferente do que era antigamente. "Antes, a mulher se mantinha virgem até o matrimônio, pois casava-se muito cedo. Antes dos 25, 30, até uns 23 anos, já estava com marido, casada, como ditava a tradição. Hoje, o casamento é terciário. Primeiro, valorizam a carreira, a satisfação pessoal, viajam, curtem e só depois pensam em casar. Claro que assim, poucos cedem à tanta pornografia e assédio que a sociedade prega", pontua a antropóloga e socióloga Márcia Amaral.