No primeiro ano da faculdade de Publicidade tinhamos que criar um produto alimentício e o nome tinha que ser muito relevante, representar totalmente as suas características. Um ex-namorado de uma das amigas nos inspirou: tiramos 10 no trabalho que lançava o mais que sincero “Kibes Neco, o pequeno que satisfaz!” Designers diriam: o nome é bem resolvido. Apelido auto-explicativo como tantos outros: Jegue, Pinnus, Bolacha (do pacote), Pé de Mesa, Cone, Cabeção, Batedor de Bife, Vergalhão, Deuso, Gugu Liberato (pintinho amarelinho) Verruga, Gozou Dormiu e o famoso L feito com a mão que significa pequeno bem dotado e invertido - o grandão mal dotado.
Estes são apenas alguns exemplos que provam o nível de sarcasmo da mulherada. E claro, que a sua pegada pode te apelidar de cara. E elas nunca saberão ou nunca mais lembrarão seu verdadeiro nome. Não importa. A hashtag #thezueiraneverends tá no sangue da ala feminina.
Daí você pensa: nesse caso talvez melhor mesmo estar na média? Olha, não que isso te livre de um apelido mas daí a origem passa a ser outra, um esporte, estilo, gosto musical, uma atitude muito própria sua e até geolocalização. Mas claro, os "defeitos"imperam. Exemplos: o Slack Line, o Skatista, o Vila Mariana, o Sertanejo, o Hippie Falso, o ET de Varginha, o Camarão, o Peter Pan, o Polvo, o Maratonista, El Pintor Urugacho, o Coxa-creme, o Tio Sukita, o Jhonny Deep do Pará, o Bombadão, o Grego, o Marmota, o Saboneteira, o Galo de Briga, o Psico, o Tony Ramos, o Nóia, o Loiro, o Sofrência, o Jiu Jitsu, o Moita, o Ogro, o Adocica, o velho e bom Cabeludo e pasmem, o Chumaço!
Essa história vale como dica rápida: uma amiga no intuito de dar uma chance ao ex aceitou um convite pra jantar com ele. Noite agradável, tudo certo, até que rolou e ela loira e linda foi tomar um banho. Se deparou com um chumaço de cabelos pretos no ralo e literalmente, aquela chance tão insistida foi por água a baixo. Ele virou o Chumaço por pura falta de malemolência. Amador seria o apelido perfeito, mas Chumaço ficou mais interessante.
Mas afinal, porque as mulheres fazem isso? Infinidade criativa? Também. Mas olha só:
1) porque deixa a história mais engraçada, principalmente quando apelidamos sem que as amigas conheçam o indivíduo. Quando conhecem choram de rir (de novo) da analogia,
2) porque apelidando dá pra falar em público livremente sem se preocupar se alguém vai ligar os fatos,
3) são tantas histórias e o assunto homens é uma das nossas principais pautas que amigas quase nunca guardam o nome dos caras (a não ser caso de amor verdadeiro ou paixão súbita) então quando damos adjetivos fica mais interessante e claro, mais memorável.
E vocês homens, criam esses apelidos internos? Queremos saber!
Sobre Tutu Lombardi
Jornalista pós-graduada pela Westminster University, estuda metafísica da saúde há 15 anos, gosta tanto de voar que já tentou pilotar helicóptero mas estaria rica mesmo se estivesse cobrando pelos conselhos que dá.
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