E quando elas só querem o teu pênis? O dia que uma cosplay da Kim Kardashian me comeu para logo na sequência me abandonar sem nem dizer o nome gplus
   

E quando elas só querem o teu pênis?

O dia que uma cosplay da Kim Kardashian me comeu para logo na sequência me abandonar sem nem dizer o nome

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Eu nunca fui do tipo descrente, daqueles que acham que a virada de século não teve nenhum impacto profundo no comportamento das pessoas. Vira e mexe, me desdobro para não me perder na constante evolução e permissividade das coisas. E eu não me julgava conservador, até que em um casamento qualquer, fui deixado ao Deus dará, de cuecas, no fundo de uma van em um mix de abuso e dever cumprido.

De lá pra cá o meu mundo virou de cabeça pra baixo porque descobri da maneira mais cruel e avassaladora, que aquela gata tatuada, de quadris largos, não estava interessada no meu código genético, não queria saber se eu era bom de papo, inteligente ou se tinha passado dias, meses, anos na academia, treinando para transformar meu abdômen no que chamam popularmente de tanquinho. Ela só queria meu pênis, por meia horinha, apenas para gozar e ir embora, sem sequer saber meu nome. E eu, na bolha em que vivia, achava que aquele tipo de comportamento era exclusividade de nós homens. Ledo engano, naquela noite aquela maravilhosa cosplay de Kim Kardashian me “comeu” e me jogou fora após o coito.

Como eu nunca fui o tipo de cara que transa e desaparece,  sempre pensei que estaria livre das tramoias do destino, mas não foi bem assim que aconteceu. Se a ideia dela era me provocar colocando caraminholas na minha cabeça, veio por meio desse post dizer que ela alcançou o objetivo. 

As mulheres hoje em dia se permitem mais do que antigamente, existe mais aquela "culpa católica" e moralista e o comportamento restrito a uma minoria tem se tornado cada vez mais recorrente, não só na vida deste que vos escreve, mas na vida de milhões de homens espalhados ao redor do globo. 

Mas a pergunta é: isso é bom? E eu lhes digo: não, ninguém está preparado para ser usado, mesmo dentro de toda liberdade sexual vivida atualmente. 

Embora os seres humanos adorem repetir a máxima de que somos todos donos de nossos corpos e de nossa vontade, a verdade é que no cotidiano as coisas não funcionam bem assim. Infelizmente ainda vivemos em um mundo onde os “reguladores morais” estão espalhados por todos os cantos esperando o momento certo para nos apontar o dedo pesado da moral e dos bons costumes impedindo quem não pensa da mesma forma de praticar sua vontade, seja ela correta ou não diante do contexto social.

Mas eu acredito, que do ponto de vista masculino, este “novo” comportamento pode nos ensinar algumas coisas bem interessantes. Durante séculos diversas mulheres se sentiram usadas por homens que as conquistaram, conseguiram o que queriam e foram embora, sem deixar um bilhete de despedida, sequer um rastro onde pudessem ser encontrados. E sem dúvida alguma este comportamento milenar fez com que nós homens nos sentíssemos acima do bem e do mal nas questões do amor, quando na verdade podemos ser tão frágeis e sensíveis como elas supostamente são. 

E agora, que o mundo não é mais o mesmo, e pouco a pouco estamos nos tornando cada vez mais “semelhantes”, homens e mulheres se sentem no mesmo direito de abrir suas pernas a sua maneira. 

E nós homens, sabemos lidar com isso? Possivelmente não.  Sempre existirá aquele cara que julgará a mulher por ela simplesmente fazer o que tinha vontade. Porém eu acredito que caminhamos na direção certa no que diz respeito a um amor livre, uma sociedade livre, sem tabus, paradigmas e amarras.

Por mais que eu tenho me sentido tentado, desafiado e um tanto quanto transtornado, eu não tenho dúvidas de que esta foi uma das experiências mais legais da minha vida. Não foi a primeira vez, mas no que diz respeito à intensidade e mistério, posso lhes dizer que foi nesta noite que eu debutei.

A conclusão da história é: acho legal poder gozar da total liberdade sexual, transar quando quiser com quem quiser, mas vale abrir a reflexão: somos todos humanos e temos sentimentos, e ser "usado" não é tão bacana quanto parece. Não é porque sou homem que curti ser abandonado de cuecas numa van sem ter a chance de tentar um contato futuro, que fosse para somente transar de novo ou então, quem sabe, pra sermos ilustres conhecidos de redes sociais.  


Marcel Costa