A internet e o sexo Com a abundância de informações e milhares de pessoas conectadas, ninguém mais faz sexo como há 10 ou 20 anos gplus
   

A internet e o sexo

Com a abundância de informações e milhares de pessoas conectadas, ninguém mais faz sexo como há 10 ou 20 anos

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Está claro para todos o quanto a internet tem mudado o comportamento das pessoas, em todas as áreas. Na cama não é diferente. Ninguém mais faz sexo como há 10 ou 20 anos. Informações sobre o assunto estão ao alcance de um clique (ou de um toque, perdoem o trocadilho) e há milhares de pessoas online dispostas a experimentar novidades e descobrir novos parceiros. 

Não há muitas pesquisas sérias no Brasil a respeito dos hábitos sexuais da população para “justificar cientificamente” o que se percebe por aí. Nos Estados Unidos e Europa, esses estudos são mais comuns. Uma levantamento realizado com 12.000 pessoas pelo jornal irlandês Irish Times apontou que 19% dos homens usam sites e aplicativos para buscar o sexo casual eventualmente e outros 4% utilizam esses recursos sempre. Os números ficam menores entre as mulheres (7% e 1%, respectivamente) e aumentam com os homens gays: 43% deles usam a web e apps ocasionalmente e 19% acessam sempre. 

Até o serviço de acompanhantes profissionais, considerado o mais antigo da humanidade, teve de se adaptar aos novos tempos de internet. Raramente se vê os classificados de “escort girls” estampados nas páginas de jornais hoje em dia. Mesmo as velhas etiquetas com os contatos das moças coladas nos orelhões das grandes cidades desapareceram (aliás, os orelhões sumiram das ruas e se tornaram peças de museu). 

De acordo com outra pesquisa publicada recentemente pela respeitada revista The Economist, que avaliou 190 perfis de acompanhantes em 84 cidades em 12 países, até o preço da hora desses serviços despencou. Em 2006, elas cobravam em média 340 dólares; em 2014, o valor baixou para 260 dólares (uma redução de 33%). 

Os motivos para a redução foram atribuídos pelos especialistas à crise econômica mundial que o mundo atravessou em 2008, à mudança de cultura (os jovens encontram sexo casual fácil e não procuram com tanta frequência os serviços profissionais) e, a principal: a farta oferta de sexo online, que aumentou a concorrência entre as acompanhantes e derrubou os preços. 
 
Para se ter uma ideia, quem digitar a palavra “sexo” no Google vai se deparar com um resultado monstruoso: 183 milhões de páginas. Se decidir ser mais específico e procurar por “acompanhantes”, o total de respostas oferecidas ainda assusta: quase 1,7 milhão de links. 

Nesse oceano de ofertas na internet, fica até difícil para quem está interessado em sexo casual (ou mesmo compromisso mais duradouro) filtrar o que vale ou não a pena.