A duração das relações sexuais é quase sempre um tabu, até porque parece estar sempre associada ao grau de satisfação do casal, em especial das mulheres. Se por um lado é tido como sinal de virilidade para os homens a longa duração de uma sessão de sexo, no caso das mulheres ainda há muita gente que pensa que quanto mais tempo transando, mais prazeroso será o orgasmo. Errado.
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De acordo com uma pesquisa brasileira, realizada pelo Fantástico, em 2014, o tempo ideal para uma relação seria entre 7 e 13 minutos. Isso sem contar as preliminares. Bom, parece rápido, mas é tempo suficiente para atingir o clímax sexual. “O tempo ideal vai ser aquele que a pessoa estiver mais confortável ali na cama e isso vai variar durante a vida também”, disse a sexóloga Laura Muller na época.
Segundo os autores do estudo, e isso inclui Laura, menos de dois minutos é pouco. Mais de quinze minutos já é considerado um tempo longo – mas se o casal tiver disposição, nada contra. “Na população brasileira, praticamente 80% de homens e mulheres levariam de 15 a 30 minutos para completar o ato sexual, incluindo as preliminares”, disse, também na época, Carmita Abdo, coordenadora de estudos de sexualidade da USP.
Ou seja, a máxima de que “sexo bom é aquele que dura à noite inteira” não existe. O sexo bom mesmo vai durar somente alguns minutos – lembrando ainda que cansaço, sintomas de doenças como gripe e stress diminuem ainda mais esse número.
Isso é motivo para tristeza ou desapontamento? Não. Pense bem: sem contar as preliminares, porque mais você iria querer ficar mais de 13 minutos enrolando durante a penetração? Somente pelo prazer feminino, talvez, que costuma durar o dobro, se não o triplo, do tempo em comparação aos homens.
Para reforçar tal fato, outro estudo, dessa vez em Utrecht, reuniu dados de 500 casais heterossexuais de cinco países (Holanda, Reino Unidos, Estados Unidos, Espanha e Turquia). Durante um estudo, as mulheres receberam um cronômetro que disparavam no momento da penetração e acionavam novamente quando havia ejaculação. O resultado foi bem interessante: alguns duraram 1 minuto e outros 44 minutos.
"Mas o prazer não é nem deve ser baseado apenas no tempo. Deve ser fundamentado na sensação de satisfação mutua. As chamadas ‘rapidinhas’ podem ser perfeitamente satisfatórias, assim como sessões de sexo de muito tempo podem causar lesões, deixar os músculos fisicamente debilitados", explicou a psicóloga e sexóloga LeslieBeth Wish, que participou desse estudo.
Assim, o estudo concluiu que o tempo "adequado" de duração de sexo é entre três e sete minutos, e o "desejável" é entre 7 e 13. Os casais questionados consideraram que entre um e dois minutos é "muito pouco" e que é "demasiado tempo" uma sessão que dure entre 15 a 30 minutos.
A Dr. LeslieBeth explicou ainda que fazer amor é mais do que o tempo passado na penetração. "Algumas mulheres tem mais prazer e mais facilmente atingem o orgasmo antes ou depois da penetração. Através de preliminares, jogos sexuais, sexo oral, estimulação mútua, importa perceber que o tempo não é tudo. A comunicação sim, é a chave", conclui.
Ou seja, amigos: apesar do tempo estipulado, segundo a ciência, o sexo ideal deve durar o tempo necessário para que o casal atinja o clímax e sinta-se satisfeito com a transa. Só isso. Agora, se você está demorando muito para ter um orgasmo, ou ele está rápido demais, quem sabe é a hora de você procurar por uma ajuda médica especializada?
Sobre Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
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