Raciocínio lento, falta de desejo sexual, disfunção erétil, cansaço, indisposição, depressão, ansiedade, e queda no desempenho físico são só alguns dos sintomas de quem sofre de andropausa, doença também conhecida como deficiência androgênica no envelhecimento masculino (DAEM). A causa disso tudo é o baixo nível de testosterona no corpo. Além de seus sintomas característicos, a falta de testosterona também pode provocar diabetes e até problemas cardíacos.
Por mais que a DAEM cause graves problemas, essa doença ainda é pouco conhecida no meio masculino. Segundo uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia, 57% dos homens nunca ouviu falar em andropausa e 71% não conhece seus sintomas.
Quanto mais velho, maior a chance de ser alvo da andropausa
De acordo com o urologista Eduardo Bertero, a diminuição da testosterona faz parte do envelhecimento de qualquer homem. Segundo ele, após os 40 anos de idade o homem sofre uma diminuição do índice de testosterona, mais ou menos regular, de 1% ao ano. Porém, em alguns casos o ritmo de decréscimo pode se tornar mais acelerado conforme seu envelhecimento.
Um levantamento feito pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo mostra que um em cada quatro homens com mais de 50 anos de idade sofrem de andropausa. Contudo, um estudo feito por Matt T. Rosemberg, urologista e diretor do Centro Médico da Universidade de Michigan concluiu que 30% dos homens com 40 a 79 anos possui uma relevante deficiência de testosterona.
É importante estar atento ao próprio corpo. “Queda de pelos, diminuição da massa muscular, cansaço e aumento da gordura abdominal são alguns dos primeiros sintomas da andropausa”, disse o urologista Eduardo Bertero.
Caso esses sintomas apareçam, recomenda-se ir ao urologista. E, se nos diagnósticos a andropausa for detectada, o tratamento pode ser por meio de reposição hormonal. “A reposição hormonal é feita com testosterona sintética e pode ser feita por via intramuscular ou transdérmica (por meio de gel)” explica Bertero.
Para aqueles que sofrem de andropausa, a reposição hormonal pode significar um aumento da qualidade de vida. Segundo Bertero, “Ele vai se sentir bem melhor na parte sexual, física e mental”. Porém, além da reposição hormonal, o homem com andropausa também deve passar por uma mudança de hábitos, como praticar exercícios físicos regularmente e ter uma alimentação saudável.
Embora existam boatos de que a reposição hormonal pode causar câncer de próstata, Eduardo Bertero é enfático ao dizer que esse tratamento não provoca câncer. Entretanto, a aplicação de testosterona não deve ser feita em pacientes que já tenham câncer de próstata, já que o aumento desse hormônio pode agravar ainda mais a doença. Se o homem, mesmo apresentando baixos níveis de testosterona, não tiver os sintomas da andropausa, o tratamento por meio de aplicações de testosterona é proibido.
Sobre Guilherme de Souza Guilherme
Prefere perguntas a respostas e está num relacionamento sério com o jornalismo. Fã de música e livros, é zagueiro adepto do bom futebol, palmeirense-roxo e ex-taekwondista.
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