12 cervejas para beber no inverno Cerveja só vai bem no verão? Errado. Veja algumas opções de rótulos que selecionamos para você degustar no inverno gplus
   

12 cervejas para beber no inverno

Cerveja só vai bem no verão? Errado. Veja algumas opções de rótulos que selecionamos para você degustar no inverno

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Com o inverno chegando e com as temperaturas mais amenas, a possibilidade de abrimos aquela “gelada” dificilmente passa pela nossa cabeça, certo? Errado. Embora este pensamento ainda seja um pouco comum, ele tem mudado nos últimos anos. Durante o inverno as cervejas mais encorpadas e com maior teor alcoólico tem-se destacado nas prateleiras dos mercados e lojas especializadas. Isso porque aqueles que não querem deixar de tomar uma boa cerveja têm buscado por novos rótulos para experimentar de acordo com a estação – e o mercado tem atendido a esta demanda muito bem. 


Mas, diferente dos nossos coleguinhas europeus que tem o costume de beber cerveja quase que quente independente da estação – até porque o clima deles é bem diferente do nosso–, me refiro aqui a cervejas próprias para serem degustadas no inverno, como as que possuem estilos Bock, Imperial Stout e Strong Scotch Ale. “Estes são estilo mais robustos e alcoólicos, portanto, seu consumo é mais convidativo nas épocas mais frias do ano, principalmente por questões sensoriais. Cervejas mais encorpadas dão a sensação de preenchimento, sendo quase um alimento, enquanto o álcool se encarrega de gerar o aquecimento no corpo”, explica Yuri Holbrich, sommelier de cervejas da cervejaria Bierland. Para esses tipos cerveja, o ideal é servi-las em temperaturas acima de 6 graus, para apreciar melhor o sabor e, principalmente, seus aromas.

Esses estilos ideais para as épocas mais frias do ano costumam harmonizar com pratos mais robustos também, como feijoada, carne de panela e até com sobremesas a base de chocolate, como o brownie, petit gateau, trufas, entre outras. E além da comida, é importante se preocupar com o copo certo para a sua cerveja (já falamos sobre isso aqui). “Uma cerveja servida no copo certo permite maior apreciação de todas as suas características: aromas, sabores, corpo e espuma”, ressalta Holbrich.

Para não errar feio na hora de comprar uma boa cerveja para experimentar no inverno, e definhar a sua experiência com a bebida nesta época, confira agora algumas opções nacionais e importadas que selecionamos para você degustar e se apaixonar.

SCHNEIDER WEISSE AVENTINUS EISBOCK
Tradicionalmente, para se fazer as cervejas Eisbock, deixava-se os barris com cerveja pro lado de fora da cervejaria para que eles propositalmente congelassem a água e deixassem a bebida mais alcoólica. Esta versão, feita a partir de uma Bock de trigo, possuiu uma coloração marrom com reflexos avermelhados, boa formação de espuma e perfil licoroso. Seus aromas e sabores remetem a frutas secas, figo, ameixas, caramelo. O amargor é baixo, e o final é adocicado e quente. O teor alcoólico é de 12,0%.

TRAPPISTES ROCHEFORT 10 
Clássica cerveja belga elaborada por monges, ela é altamente encorpada e complexa, possui coloração acobreada escura e intensidade licorosa e caramelizada, ligeiramente picante e com notas frutadas de ameixa e cacau. O seu teor alcóolico é de 11,3%, isto é, feita para aquece MESMO.

COLORADO VIXNU 
Desenvolvida pela Imperial Double IPA artesanal de Ribeirão Preto (SP), esta cerveja brasileira é uma das que possuem rapadura na receita. Com teor alcoólico de 9,5%, é bastante lupulada graças à adição de lúpulos americanos, o que conferem a essa cerveja um equilíbrio entre o sabor de malte e notas cítricas de maracujá que são adicionadas. 

GOUDEN CAROLUS CUVÉE VAN DE KEIZER BLAUW 
Uma das poucas cervejas que possibilitam a safragem ou guarda, e melhora através dos anos quando armazenada em condições ideais. Os complexos aromas, bem como os sabores da Gouden vão de madeira, frutas vermelhas a vinho do porto. O final, longo, remete a malte torrado e leves toques florais. Bem balanceada, é difícil perceber o álcool durante a degustação, embora ele esteja mais do que presente: 10,5%. 

DIEU DU CIEL SOLSTICE D”HIVER
Uma verdadeira cerveja de inverno, ela traz aromas de chocolate, café, frutas vermelhas secas e baixa lupulagem. Feita no Canadá, ela é encorpada e cremosa, onde os sabores de caramelo, toffee e baunilha se destacam. Essa versão especial oferece 10.5% de álcool e deve ser degustada e apreciada no frio – a temperatura ideal para servir esta cerveja é 8ºc. 

DUM PETROLEUM 
Outra paranaense na lista: a Imperial Stout mais famosa do Brasil é preta e viscosa. Receita da cervejaria DUM, de Curitiba, a bebida leva cacau belga e aveia. Os maltes tostados deixam notas aromáticas de café e chocolate meio amargo. Ela possuiu um teor alcoólico de 12% e harmoniza bem com sobremesas, principalmente as que levam sorvete.

EVIL TWIN FREUDIAN SLIP
De origem dinamarquesa, essa aqui do estilo Barley Wine trata-se de uma cerveja intensa e alcoólica. Apresenta coloração marrom avermelhada translúcida, com média formação de espuma cremosa bege. No aroma traz notas intensas de caramelo, castanhas e chocolate dos maltes, junto com notas cítricas dos lúpulos. Na boca tem perfil licoroso, alcoólico, com dulçor e amargor intensos em equilíbrio. Seu teor alcóolico é de 10,3%.

ERDINGER PIKANTUS
É uma cerveja marcante, indicada para os amantes de cervejas fortes. Possui trigo escuro selecionado, maltes de cevada e um processo mais demorado de amadurecimento. A coloração é escura e turva, com uma espuma cremosa e que dura bastante. No aroma, logo nota-se o cravo, frutas e banana. Apesar do seu teor alcoólico de 7,3%, é uma cerveja bem equilibrada, em que quase não se nota o álcool.

WAY AMBURANA LAGER 
Também brasileira, a Way Amburana Lager é feira no Paraná e recebe uma infinidade de de maltes importados, lúpulos alemães e é maturada na madeira brasileira Amburanas Cearensis, também usada para cachaças de qualidade. Por causa dessa característica, possui aromas intensamente amadeirados, fazendo soberbo par com a potência alcoólica de 8,4%. 

FOUNDERS DIRTY BASTARD 
Essa Strong Scotch Ale possui sete tipos de malte e vem diretamente do Alabama, nos Estados Unidos. Não é tão alcoólica como as outras sugestões (8,5%), mas tem um aroma defumado singular. Suas notas lembram caramelo, nozes, castanhas e frutas vermelhas. É ideal para ser degustada sozinha após uma  refeição ou junto com uma sobremesa.

TUPINIQUIM MONJOLO FLORESTA NEGRA
Pelo nome, percebe-se que também é brasileira. Feita a partir da Monjolo Imperial Porter, com adição de cacau, baunilha e framboesas, ela apresenta coloração preta opaca, com espuma cremosa cor de caramelo. Os aromas intensos de torrefação, chocolate e baunilha são complementados por notas de framboesa. Seu teor, mais forte que as outras nacionais, é de 10,5%.

BADEN BADEN CHOCOLATE 
Mais uma brasileira na lista, sendo esta da famosa cervejaria Baden Baden, que fica em Campos do Jordão. Essa cerveja é a menos alcoólica da seleção, com apenas 6%. Ela entrou na lista pela semelhança aromática com o chocolate, iguaria tipicamente procurada pelos brasileiros no inverno. A impressão de se estar comendo — ou bebendo — o doce vem da adição, na receita, de cacau em pó e extrato de baunilha. 


Nathalia Marques