Mulheres com abdômen ultradefinido (ou ‘trincando’), ombros largos e trapézio saltados como os de Arnold Schwarzenegger, bíceps (muito) maiores que os meus e pernas extremamente musculosas capazes de dar inveja a um jogador de futebol me assustam um pouco, confesso.
Gosto é gosto, minha avó já dizia, e entendo que muitos homens admirem e se sintam atraídos por mulheres gordura-sub-zero e massa muscular nas alturas. Mas não compartilho do mesmo copo de whey protein. Fico, ao contrário, bem preocupado com o exagero delas quando o assunto é deixar o “shape perfeito”.
Hoje parece que as mulheres buscam os extremos. De um lado, estão as que desejam ser magras - muito magras, nível profundo. Para isso, determinadas que são, fazem sacrifícios bíblicos na hora de se alimentar, jejuam por horas e torcem o nariz para doces (chocolate, que adoram, só comem uma lasquinha uma vez por semana - e olha lá).
Na outra ponta estão as mulheres-Hulk. Não menos determinadas, acordam cedíssimo e passam horas na academia. Levantam peso como halterofilistas, correm na esteira como Usain Bolt, fazem aulas de zumba, capoeira, boxe, taekwondo, bike... E centenas de abdominais. Todos os dias. Também comem, e como comem! Na verdade, se alimentam com intervalos marcadinhos no relógio. Uma hora carboidrato, outra proteína. E fibras, vitamina “x, y z” e muito whey protein. Tudo por causa do tal metabolismo.
No fim das contas, é claro, ambos os extremos chamam a atenção com o resultado. E recebem olhares por toda a parte – para o bem e para o mal. As amigas elogiam e as “não amigas” invejam esses corpos esqueléticos ou musculosos. Os homens olham com um ponto de interrogação.
Afinal, pergunto, onde está o meio termo?
Os extremos não estão com nada e ainda podem prejudicar a saúde.
Acho muito atraente mulher com corpo definido, bumbum grande, pernas fortes e torneadas, seios bonitos, rosto com pele lisinha (e não “vincada” pelo esforço feito nos aparelhos de musculação).
Também é atraente a mulher gordinha ou magrinha. Mesmo as fortes sem exagero.
O que vale é o conjunto harmonioso, este sim o verdadeiro segredo da beleza.
Sobre Marcelo Ventura
Sócio e editor do AreaH, é jornalista e tem mais de 20 anos de correria em grandes redações. Hoje prefere correr em ruas e parques. Gosta de ler e de vinhos, mas não dispensa uma série na TV ou uma cerveja.
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