Muitos homens já devem ter ouvido falar de fimose ou até mesmo já teve em algum momento da sua vida. Esta incômoda condição nada mais é do que a dificuldade de expor totalmente a glande (cabeça) do pênis no estado de ereção ou flacidez devido ao estreitamento na abertura da pele do prepúcio.
VEJA MAIS:
Ao contrário do que muita gente pensa, o homem adulto pode, sim, ter fimose, seja porque o problema não foi corrigido na infância – onde é mais comum –, ou por conta de alguma doença que levam ao fechamento gradual do prepúcio. “As causas podem ser fisiológica (na infância) ou secundária (na infância e na vida adulta). A fisiológica é causada por aderências naturais entre a glande e o prepúcio e a um anel cutâneo reduzido, ambos inatos. Com o desenvolvimento da criança há o alargamento do prepúcio e o descolamento natural das aderências. Por isso, a maioria dos casos de fimose fisiológica se resolve até os 4 ou 5 anos de idade. Já a fimose secundária ocorre por causa de inflamações e infecções locais que geram um tecido cicatricial no prepúcio, tornando-o inelástico e estreito”, explica o Dr. Victor Srougi, urologista do Hospital Moriah.
As principais doenças causadoras da fimose são o diabete e as infecções repetidas da pele do pênis, sendo que os principais sintomas são a incapacidade de exposição da glande e, em casos graves, infecções urinárias e dor durante as relações sexuais. “Quando a fimose é intensa o homem pode sentir desconforto também durante o sexo. A interferência mais relevante decorre do fato de ocorrer o aumento da espessura da camada exterior à pele da glande, que diminui levemente a sensibilidade local”, explica Srougi.
A fimose fisiológica é efetivamente tratada com cremes que ajudam a desfazer as aderências conjuntamente com exercícios prepuciais delicados. Já, em casos de fimose fisiológica intensa ou secundária, é indicado a retirada do prepúcio que pode ser realizada com cirurgia (postectomia) ou com plugues de plástico.
“O tratamento da fimose no adulto é cirúrgico e deve ser realizado sempre por um cirurgião especializado em urologia. A cirurgia consiste na retirada do excesso de pele, onde a extensão da pele a ser retirada deve ser bastante exata, pois a retirada de uma pequena extensão pode provocar a persistência da fimose, enquanto que a retirada excessiva pode levar a escassez de pele durante a ereção, provocando dores e problemas sexuais”, afirma o médico. Na necessite mesmo da cirurgia de fimose a recuperação dura de 10 a 30 dias, dependendo da reação de cada um.
Ainda de acordo com ele, as principais complicações cirúrgicas que podem ocorrer são hematoma e infeção da ferida, mas, ambas podem ser evitadas com um controle minucioso do sangramento pelo cirurgião e com cuidados locais com o curativo, respectivamente.
“Recomenda-se que todos os adultos com fimose sejam operados. Além da fimose aumentar o risco de doenças sexualmente transmissíveis, aumenta o risco do desenvolvimento do câncer de pênis”, orienta o médico.
Por fim, como em crianças é um caso inevitável, a única saída que resta para os adultos não terem que passar por um momento constrangedor, mas necessário, com o urologista é a prevenção: a higiene local, bem como visitas constantes a um médico especialista, é a melhor maneira de prevenir a condição e evitar as postites (infecção ou inflamação do prepúcio) que levam a um estreitamento desse local, entre outras complicações.
Sobre Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
[+] Artigos de Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
[+] Artigos de Nathalia Marques