O país vive uma pindaíba danada. A crise econômica pede para que você, chefe de família, aperte os cintos, corte gorduras do orçamento e controle o ímpeto do consumo. Mas como lidar com a vontade infindável dos filhos de, um dia depois do outro, ter o brinquedo da moda? Para a molecada não tem tempo ruim. A aquisição de ontem caducou, torna-se obsoleta com uma velocidade de fazer inveja a Usain Bolt. Não são poucos os pais que cedem à pressão psicológica dos filhos – essas miniaturas de gente são mais lisas que o Neymar – e metem a mão no bolso para mais uma vez fazer a vontade dos rebentos, achando que assim os fazem felizes.

Nem você e nem seu moleque carecem de presente. Os dois precisam, na verdade, de uma inserção no mundo da educação infantil. A intensa propaganda voltada para o consumo infantil e a influência do meio ambiente são iscas quase que irresistíveis para o consumo banalizado desde a infância. Educar o filho com mimos constantes não o ensina a lidar com o dinheiro, não o faz perceber o quanto ele já possui e tira dele a possibilidade de sentir prazer de adquirir algo de que realmente necessita. Por outro lado, ensinar a criança a lidar com dinheiro exige paciência e persistência, mas é um investimento para toda a família. Listamos 10 dicas que irão ajudá-lo nessa importante lição de educação.

#1 - Especialistas garantem que o ideal é que a criança inicie um contato com dinheiro aos 5 anos. Interessante, então, que você a leve para visitas a feiras, supermercados e outros locais para que ela perceba o processo de compra e venda.

#2 - Muita criança pensa que as máquinas dos bancos só dão dinheiro aos pais. Para você ressaltar que o dinheiro é seu, você precisa revelar ao seu filho que você não só saca dinheiro, mas também o deposita no banco. 

3# - Faça o filho escutá-lo elogiar o uso positivo do dinheiro. Por exemplo: poupar para uma viagem de férias e pagar carnês e contas em dia. São ótimos exemplos de como planeja o futuro.

#4 - A mesada é importante quando você capacita a criança a controlar os gastos.

#5 - Ensine a criança a estabelecer metas e a poupar para atingi-las. Junte o dinheiro em algum recipiente, pote de vidro, envelope, etc, até a quantia atingir o valor de um objeto desejado porque, assim, a mecânica do ato de consumir se torna palpável 

#6 - Importantíssimo é você, antes de irem às compras, explicar a diferença entre precisar e querer.

#7 - Faça a criança auxiliá-lo na lista de compras de supermercado.

#8 - Estimule a criança a fazer economia de energia elétrica e água. O planeta e o seu bolso vão agradecer como nunca.

#9 - Bacana também é estimular logo cedo o valor da generosidade financeira. Incentive o filho a separar uma porcentagem do que poupa para caridade e conte a ele os benefícios sociais da doação.

#10 - Procure não ser negativista no ato da compra. Ou seja, ao invés de dizer “não iremos comprar”, procure se expressar de uma forma em que o filho entenda que ele estará fazendo escolhas por esse em detrimento de um outro produto.