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Você também tem culpa

Especialista revela a “parcela de infertilidade” do homem em casais que têm dificuldades para conceber o primeiro rebento

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Se o Coronel Jesuíno, personagem machista ao absurdo interpretado por José Wilker na novela global e pouco discreta Gabriela, não conseguisse engravidar uma mulher, sem dúvidas a culpa seria irremediavelmente dela. Por outro lado, longe de resolver as coisas “na bala” como no romance de Jorge Amado, pesquisas descobriram que ambos os sexos correm o mesmo risco de sofrer de infertilidade.

Segundo a ginecologista especializada em reprodução humana, Dra. Flávia Fairbanks, 40% dos problemas são gerados por deficiência do homem na produção de espermatozoides, outros 40% por disfunções ocorridas no organismo da mulher e os 20% ocorrem por fatores mistos. “Em geral, de 10% a 15% dos casais apresenta algum tipo de problema de fertilidade, independente da idade”, garante ela.

Mas, afinal, como saber se sua “pistola” está carregada o suficiente pra trazer um moleque pra esse mundo? Bem, como numa corrida, você pode tanto queimar a largada quanto ser impedido de alcançar a bandeirada. De acordo com Fairbanks, o problema pode estar na produção dos espermatozóides, ou então no transporte: quando eles encontram algum tipo de obstrução durante o trajeto. O diagnóstico é feito através do exame de espermograma, solicitado por médico especializado em reprodução humana. “Normalmente, a baixa produção de espermatozóides é causada pela presença de varizes nos testículos, também conhecida como varicocele. Neste caso a intervenção cirúrgica por urologista é indicada. Problemas genéticos também não estão descartados, sendo que o consumo de vitaminas e, em alguns casos, hormônios específicos, pode auxiliar no aumento da produção de espermatozoides; porém, essa melhora demora pelo menos de três a seis meses para ocorrer”, explica Dra. Flávia.

Para a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, se o casal não obtiver sucesso após um ano de tentativas sem o uso de qualquer método anticoncepcional e com vida sexual ativa – entre duas e três vezes por semana – fica diagnosticado um problema de fertilidade. “Muitos casais procuram ajuda logo no segundo ou terceiro mês, mas é preciso ter paciência, já que é comum a gestação vingar até um ano após o início do planejamento”, recomenda a ginecologista. Conclusão: para se ter filhos, é necessário dominar a arte da paciência bem antes de trocar a primeira fralda de madrugada.