Desde o ano passado, o bitcoin é um dos assuntos mais comentados no mercado financeiro. A moeda foi criada em 2009, por uma pessoa (ou grupo de pessoas), que se identificam com o pseudônimo Satoshi, com o objetivo ser uma moeda sem regulações por parte do estado e livre de pressões políticas.
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O bitcoin nada mais é do que uma moeda digital. Com ela é possível comprar produtos ou serviços, assim como fazemos com o real, o dólar, o euro ou qualquer outro dinheiro. A grande diferença é que ela não existe fisicamente, não é uma nota com o rosto de um presidente ou um animal. O bitcoin é um código e está presente apenas no mundo digital.
E, ao contrário do dinheiro convencional, que pode ser emitido inúmeras vezes sempre que os governos sentirem necessidade (o que aumenta a inflação e pode agravar crises), o bitcoin é limitado. Seu código foi criado de forma que apenas 21 milhões de moedas pudessem ser produzidas. Até hoje, já foram mineradas 16 milhões. E a cada quatro anos fica mais difícil a sua criação.
Hoje, muitos países olham para a moeda com interesse. No último ano a moeda valorizou mais de 1200%, segundo o site Infomoney, graças a empresas no Japão que já reconhecem o bitcoin como forma de pagamento em estabelecimentos. Outros lugares do mundo passaram a fazer o mesmo, mas de maneira mais lenta.
E não faltam casos de pessoas que enriqueceram com o bitcoin. Um deles foi o empresário americano Erik Finman. Ele foi um dos primeiros a investir na moeda. Hoje, ele tem 403 bitcoins, que no atual preço em torno de US$ 2.700 lhe dá a quantia de US$ 1,09 milhão em carteira. Nada mal para quem tem apenas 18 anos.
É SEGURA?
A pergunta mais comum entre os que têm interesse em investir no bitcoin é de “como uma moeda que não existe fisicamente pode ser segura?”. A resposta é simples: a segurança do bitcoin é garantida graças a um código matemático complexo. Soma-se a isso o fato de que toda moeda é gerada e fiscalizada por uma rede de transações chamada blockchain.
O blockchain é uma tecnologia que funciona como um livro contábil. Todas as transações feitas no mundo inteiro com a moeda virtual estão registradas ali. Dessa forma, é garantida a segurança e a integridade da moeda à prova de hackers ou clonagem.
Toda vez que uma transação é feita, um novo código é gerado e adicionado ao código preexistente do bitcoin, tornando impossível sua falsificação. Para um hacker roubar um bitcoin, ele precisaria hackear todos os computadores da rede ao mesmo tempo... o que é praticamente impossível.
COMO INVESTIR?
É preciso ter uma carteira onde as criptomoedas serão depositadas. Acessando o site oficial da Bitcoin Foundation você tem acesso a links para carteiras disponíveis nas mais variadas plataformas, sendo possível encontrar as versões para Android e iOS. Há ainda versões de carteiras virtuais desenvolvidas por terceiros, mas daremos preferência aqui para a "oficial".
O funcionamento dela é basicamente como de qualquer aplicativo de carteira, bastando criar seu cadastro com os dados solicitados para que fique pronto para comprar bitcoins de maneira prática e segura, além de armazenar a quantia desejada, enviar bitcoins e muito mais.
MINERAÇÃO E COMPRA
O processo de mineração consiste em emitir novas moedas através de um programa por computador – que fica cada dia mais demorado e custoso devido ao interesse da população mundial. Sendo assim, como entrar nesse mercado sem ser através da “produção” do bitcoin? Existem dois meios principais: a compra através de casas de câmbio específicas ou então trocando por moeda nacional com pessoas que estejam interessadas em sites como o LocalBitcoins.
Para comprar bitcoins no Brasil, basta se cadastrar em casas de câmbio específicas (como o Mercado Bitcoin, Bitcambio, Firebit, Bitcointoyou e FOXBIT – lembrando sempre que cada uma tem a sua cotação), comprar uma fração da moeda (assim como acontece com o Tesouro Direto), enviar reais, via transferência bancária ou depósito no caixa, e acompanhar a valorização da moeda.
RISCOS
#1 – MOEDA SEM LASTRO. Um dos riscos de investir em bitcoins é que ela não tem lastro, ou seja, não tem uma garantia, nada que comprove que valha realmente aquilo que se paga por ele. No caso do dinheiro tradicional, o lastro é a atividade econômica de um país e a capacidade de pagamento de seus débitos.
#2 – NÃO EXISTE REGULAÇÃO. Apesar de vários estabelecimentos comerciais já aceitarem pagamento em bitcoins (inclusive no Brasil), nenhum país ainda a adotou como moeda oficial. Talvez, os mais próximos de dar esse passo são alguns países da Europa Oriental, justamente aqueles que possuem a situação política e econômica mais instável.
#3 – ALTA VOLATILIDADE. Assim como acontece no mercado de ações, o preço do bitcoin pode variar muito. Quando houve os escândalos de MtGox e Bitfinex, por exemplo, a cotação da moeda virtual despencou para no dia seguinte voltar a valorizar. Você pode ganhar 100% ou perder 1.000% em apenas algumas horas.
ELA NÃO ESTA SOZINHA...
O mercado da criptomoedas vai muito além do bitcoin. Há uma série de novas moedas digitais que ainda estão em fase embrionária, como a Litecoin, Ether, Ripple, Monero e o Dash.
Sobre Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
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