Comecei a trabalhar formalmente em 1998, aos 20 anos. Ainda estudante de administração de empresas, passei a estagiar em um importante banco de investimentos norte-americano, na área de fusões e aquisições de empresas.
Noves fora todo o desafio de aprendizagem técnica, existia também o obstáculo (para quem, como eu, estava iniciando a vida profissional e não teve exatamente um “berço de ouro”) de estar adequadamente vestido – onde adequadamente significava o melhor terno possível, com um sapato bem acabado de solado de couro e um conjunto de gravatas que pudessem, ao menos, fazer frente aos trajes dos diversos banqueiros gringos que circulavam por cada canto do escritório.
Foi a partir deste momento que comecei a reparar e gostar de um acessório masculino tão charmoso e elegante e pouco conhecido no Brasil: as abotoaduras.
Anos depois, ao acompanhar a premiada série Mad Men (escrevi algo a respeito aqui), ratifiquei minha admiração pelo pequeno acessório (muito comum nos engravatados dos anos 60) e decidi pesquisar mais a respeito. Tenho visto seu uso com maior frequência no Brasil, principalmente por executivos de alto escalão, mas também por parte de apresentadores televisivos famosos. No entanto, ao “dar um Google”, tive a prova de que ainda há certo mistério sobre as melhores práticas para sua utilização. Decidi então, como legítimo e confesso leigo do mundo da moda e estilo, compilar algumas “dicas” sobre as abotoaduras para os leitores do AreaH que também se interessam pelo tema e buscam elegância na hora de se vestir. São elas:
#1 Modelos: existem diferentes desenhos do acessório, do mais difundido de nome Torpedo, às denominadas Reversíveis. Para um guia prático dos principais modelos e suas respectivas nomenclaturas, acesse http://pt.wikihow.com/Usar-Abotoaduras
#2 Materiais: atualmente, você vai encontrar não só as abotoaduras feitas em ouro e prata (mais tradicionais e normalmente complementadas com outras pedras preciosas), mas também em aço e seda (materiais estes que ajudaram a “rejuvenescer” o uso do acessório)
#3 Uso (Vestimentas): projetadas originalmente para utilização em camisas de punho duplo (ou francês), as abotoaduras passaram, ao longo do tempo, ao status de peça de joalheria masculina. Desta forma, além de poder utilizá-las nos punhos de suas camisas, dando um tom elegante à vestimenta, pode-se também arriscar sua utilização na lapela de um blazer ou mesmo em substituição aos botões de colarinho.
#4 Uso (Ocasiões): embora não exista, no Brasil ou qualquer outro país, um verdadeiro guia de uso sobre as abotoaduras, também é verdade que sua utilização está associada a ocasiões de maior formalidade – casamentos, formaturas, apresentações de negócios. Ou seja: vai parecer no mínimo “fora de contexto” você aparecer com elas pra tomar uma cerveja no boteco da esquina ou na balada do final de semana.
#5 Marcas: a variedade é grande, das opções nacionais (como Dudalina e Raffaello) às estrangeiras (incluindo Montblanc, Bulgari e Louis Vuitton)
#6 Preços: assim como outras peças de joalheria mais difundidas no dia a dia do brasileiro (como pulseiras e correntes, por exemplo) você encontrará das “made in China” às jóias, no sentido estrito da palavra, variando de alguns poucos Reais a mais de cem mil “Temers" (!)
#7 É para Homem ou Mulher?: embora tenha surgido para uso eminentemente dos homens, não estranhe se sua colega da mesa ao lado aparecer amanhã mesmo com um belo par de abotoaduras para aquela importante reunião mensal. Com o crescimento do público feminino no mercado de trabalho, ocupando altos cargos, a mulherada também adotou (mais) este acessório em sua vestimenta.
Sobre Rodrigo Moreno
Um dos fundadores do AreaH, é pai da Sofia e da Bianca, são paulino que torce para o Uruguai. Workaholic e grisalho desde jovem.
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