Não existem dúvidas de que o sol é fundamental para o aumento da qualidade de vida de qualquer pessoa. Quem nunca acordou e se sentiu mais feliz ao avistar o astro rei brilhando forte? Pois além de influenciar direto no humor, o sol ainda faz bem aos ossos, sistema imunológico, regula a pressão arterial e pode até prevenir o diabetes tipo 2. Se não bastasse tudo isso, um grupo de pesquisadores austríacos garante que os raios solares aumentam o apetite sexual dos homens.
A partir de um estudo publicado na revista Clinical Endocrinology, que ouviu quase 3 mil homens, ficou concluído que o sol tem influência direta no desejo sexual. De acordo com a publicação, a vitamina D, tem seus níveis de produção aumentados por causa do sol em consequência, os níveis de libido e testosterona também sobem.
"Os níveis de vitamina D no corpo sofrem influência tanto da sua produção pelo próprio organismo, o que é influenciado pela exposição ao sol, quanto pela ingestão de alimentos ricos nessa vitamina ou suplementos. Dessa forma, extrapolando os resultados das pesquisas, podemos supor que a exposição ao sol aumenta o desejo sexual masculino," diz o médico psiquiatra e terapeuta sexual Eduardo Guariglia.
Fama de mau
Desde meados da década de 1980, o sol perdeu a fama de bom moço e foi considerado prejudicial à saúde, especialmente pela incidência de casos de câncer de pele. Em 1985, por exemplo, foi lançado pela Academia Americana de Dermatologia, uma cartilha que alertava sobre os riscos da alta exposição aos raios ultravioleta. Todavia, parece que as pessoas se conscientizaram que o problema não é o sol e sim o exagero rotineiro em praias nas altas temporadas do verão e falta de uso de bloqueadores solares. É preciso ter cuidado ao entrar em contato com o sol.
Os especialistas garantem que os melhores horários são antes das 10h da manhã e após as 16h. O tipo de pele também é decisivo, pessoas muito brancas não ficam bronzeadas e sim queimadas, por isso é aconselhado o uso de protetor solar com FPS 60. Já os negros devem optar pelos FPS 8.
É importante dizer que o aumento do apetite sexual não é percebido somente com uma alta exposição ao sol. Pequenas caminhadas sob seus raios já são suficientes para ser ainda mais bem sucedido na cama.
"As pesquisas sobre quantidade de horas de sol e níveis de vitamina D apontam variação no número de horas necessárias para aumentar efetivamente seus níveis. Tudo depende de inúmeros fatores, como tipo de pele, uso ou não de protetor solar e estação do ano. Aliás, é sempre importante ressaltar os riscos da exposição solar excessiva em determinadas horas do dia e sem proteção, o que sabidamente eleva os riscos de câncer de pele," destaca o terapeuta sexual Eduardo Guariglia.
Além do sol, existem outras formas de aumentar os níveis de vitamina D, como os chamados peixes oleosos, dentre eles o atum, salmão e truta, além de leite, iogurtes e também os suplementos. Vale sempre lembrar que tanto a exposição solar excessiva, quanto níveis exagerados de vitamina D podem ser prejudiciais.
Conhecida como o hormônio masculino, a testosterona é produzida pelos testículos e entre outras coisas é responsável pelos espermatozoides e pelo desenvolvimento da massa muscular dos homens.
"A testosterona, quando deficiente, causa prejuízo ao desejo sexual nos homens, mas ela também exerce importante papel na ereção masculina. Assim, é uma condição necessária à boa saúde sexual," explica Eduardo.
Para os que sofrem com baixos níveis de testosterona existe uma saída, é o que diz o terapeuta sexual. "O tratamento, nos casos de baixos níveis de testosterona, é a Terapia de Reposição com Testosterona, que pode ser feita com alguns tipos diferentes de preparações e vias de administração."
Em média, o tratamento dura um ano e os efeitos podem ser sentidos em até três semanas. "Já que a testosterona possui papel em inúmeras funcionalidades do corpo. No aspecto sexual, os efeitos na libido já estão presentes com três semanas de tratamento, atingindo seu máximo com seis semanas. Quanto à ereção e ejaculação o tempo é mais longo, podendo chegar até aos seis meses," salienta o psiquiatra e terapeuta sexual Eduardo Guariglia.