Aqueles que já foram gordos um dia e emagreceram sabem bem que do ponto de vista estético a guerra ainda não terminou. Afinal, muitos são os que ficam com as mamas maiores do que o normal, muito em função do acúmulo de gordura que é bem mais difícil de ser queimada nesta região do corpo. No meio médico, o termo exato para esta ocorrência é ginecomastia, uma patologia que além de surgir em função do acúmulo de gordura, tem outras origens ainda desconhecidas.
"A grande maioria dos casos de ginecomastia não tem causa estabelecida. Em uma minoria dos casos, este aumento das mamas é causado por doenças do fígado, distúrbios hormonais e efeitos colaterais de alguns medicamentos", explica o Dr. Tufi Neder Meyer, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Tipos de ginecomastia
Mas, não apenas os ex-gordinhos podem ter essa preocupação, pois há mais de uma forma de ginecomastia. "Há dois tipos básicos de ginecomastia: glandular e adiposa. No primeiro, aumenta o tecido da própria glândula mamaria, que é rígido e inelástico. No segundo, cresce o tecido gorduroso, mais elástico e macio", afirma.
Neste segundo caso em especial, a solução é mais lógica do que se imagina. Por se tratar de um acúmulo de gordura, o cirurgião aponta o tratamento da ginecomastia adiposa como a lipoaspiração. Casos de ginecomastia glandular são solucionados através de uma cirurgia tradicional, bem distinta da lipoaspiração.
Diferenças dos processos cirúrgicos
"Na ginecomastia glandular, é feita uma incisão no perímetro da metade inferior da aréola, através da qual, por dissecção cortante, remove-se o tecido excedente. Na ginecomastia adiposa, pequenas incisões servem para passagem da cânula de lipoaspiração, com a qual se aspira o tecido gorduroso (previamente infiltrado) que está sobrando. A recuperação após lipoaspiração é rápida, de poucos dias, embora a região demore mais para reabsorver o edema que sempre acontece. Após a cirurgia tradicional, recomenda-se repouso do local por ao menos uma semana", aponta.
Quanto a custos para este tipo de procedimento, o que pode se dizer é que não são baratos e que variam bastante. "O preço depende muito de cada caso: se é ou não bilateral, se vai ser tratado por lipoaspiração ou cirurgia, se a anestesia será local ou de outro tipo, se o procedimento será feito em hospital ou clínica especializada. De todo modo, o total de despesas sempre ultrapassará três mil reais, no mínimo", exemplifica Tufi. Mas, ainda assim um preço que, uma vez acessível ao paciente, vale a pena, uma vez que se bem feito e por um cirurgião plástico habilitado, o risco de recidiva do procedimento é mínimo.