HBP: a doença que atinge 14 milhões de homens brasileiros Hiperplasia benigna é causada pelo aumento da próstata, natural após os 45 anos gplus
   

HBP: a doença que atinge 14 milhões de homens brasileiros

Hiperplasia benigna é causada pelo aumento da próstata, natural após os 45 anos

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A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma doença que atinge cerca de 14 milhões de homens no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. Incontinência urinária atrelada às dores durante a micção e diminuição do jato urinário são alguns dos indicativos de que o indivíduo pode estar sofrendo de HBP.

Provocada pelo aumento da próstata, natural depois dos 45 anos, os sintomas da doença surgem quando o inchaço da glândula começa a obstruir a uretra, canal por onde passa a urina. Como a HBP impede que toda a urina seja liberada, existe a possibilidade de bactérias se desenvolverem dentro da bexiga e causarem infecções. Contudo, em cerca 50% dos homens ela não apresenta sintomas perceptíveis. Por isso, é altamente recomendável fazer check-ups anualmente após completar 45 anos.

Sem relação com o câncer de próstata, a HBP é a doença mais comum ligado à glândula. Como a próstata continua crescendo na fase adulta, quanto mais velho for o homem, maior a chance de contrair a doença. Diabetes, obesidade, tabagismo e genética estão entre os fatores que agravam o risco de ter HBP.

Tratamento
Apesar de a HBP atingir grande parte dos homens, cerca de 70% dos afetados não precisam passar por cirurgias para reduzir a próstata, sendo que a maioria dos tratamentos pode ser feita a partir de medicamentos. Outras opções são a cirurgia a laser e a RTUP, que necessitam internação, sonda e anestesia geral.

Recentemente, pesquisadores brasileiros do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP) desenvolveram mais uma forma de curar a hiperplasia benigna da próstata. Conhecida como embolização, essa técnica substitui o uso de remédios ou cirurgias e não necessita internação, apenas anestesia local.

A embolização é feita a partir de um cateter que injeta uma substância na próstata para diminuir a circulação sanguínea na glândula. Após o procedimento, pode haver diminuição de 30% a 40% do seu tamanho, o necessário para desobstruir a uretra. Apesar dos efeitos positivos dessa técnica em relação às outras, ela é contraindicada para pacientes com câncer de próstata, insuficiência renal, pedra na bexiga, doenças ligadas ao funcionamento da bexiga ou que tenham feito radioterapia na pélvis.


Guilherme de Souza Guilherme