Motivo de discussão (e preocupação) entre os homens, a testosterona é o principal hormônio masculino por estar associado ao desenvolvimento dos tecidos reprodutores, como testículos e próstata. Apesar das mulheres também produzirem a testosterona (sério mesmo), as quantidades fabricadas por homens são aproximadamente 10 vezes maiores do que os valores que elas apresentam. Por esta razão, a testosterona ficou comumente conhecida como hormônio masculino.
Nos homens, a testosterona também é responsável por fornecer as principais características masculinas como crescimento de massa muscular e sua definição, engrossamento da voz, estatura, crescimento de pelos no corpo como, por exemplo, a barba, além de manter os níveis equilibrados de libido e prevenir doenças como osteoporose.
“Níveis normais de testosterona ajudam a fortalecer músculos e ossos, a evitar a obesidade (desde que os demais fatores estejam presentes, como alimentação saudável e exercícios físicos sob orientação) e favorecem a libido”, explica Glaucia Berreta Ruggeri, endocrinologista e coordenadora médica do NAIS- Núcleo de Atenção Integral à Saúde, da Central Nacional Unimed.
Mas, devido a toda essa influência da testosterona do corpo, a produção da mesma tende a cair de acordo com a idade. Por isso homens acima dos 30 anos precisam se manter atentos a pequenos sinais que indicam a baixa produção desse hormônio, como o cansaço durante o dia, baixo desempenho sexual, dificuldade no desenvolvimento dos músculos, dentre outros.
A diminuição dos níveis de testosterona também é causado por maus hábitos alimentares e cotidianos ruins, como o cigarro. Por outro lado níveis muito altos são causados pela ingestão indevida de sintéticos do hormônio, os ditos anabolizantes. “Sempre caberá ao médico avaliar isso, mas, de forma geral, a insuficiência pode provocar prejuízos à libido, aumento da gordura corporal, atrofia dos testículos, dentre outras consequências à saúde. O excesso, no entanto, provocado pela ingestão de hormônio por conta própria aumenta o risco de câncer da hipófise e de aceleração de alguns tumores. Inclusive de câncer da próstata. O excesso também pode ser associado à apneia do sono e ao aumento de glóbulos vermelhos no sangue”, alerta Glaucia. “Somente o médico tem condições de avaliar se será necessária ou não a reposição hormonal, por quanto tempo e com que intensidade”, completa.m Para casos onde o homem sofre com a insuficiência da testosterona, a reposição deste hormônio pode ser recomendada.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a deficiência androgênica (redução da produção de hormônio masculino) está presente em cerca de 15% dos homens entre 50 e 60 anos, atingindo 50% ou mais dos que têm 80 anos. “A terapia de reposição não é indicada para homens com suspeita de câncer de próstata ou de mama. Portanto, a reposição depende de acompanhamento médico da taxa hormonal, sem contraindicações de saúde”, diz a médica. Para quem tem medo, fique tranquilo, a reposição pode ser feita por meio de gel, adesivos cutâneos e injeções.
Vale ressaltar, no entanto, que com a ingestão de medicamento para a reposição da testosterona, efeitos colaterais podem ser observados, como aumento da acne, coceira, alteração do colesterol, aumento de pelos e retenção de líquidos.
Sobre Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
[+] Artigos de Nathalia Marques
Curiosa e heavy user de internet, sempre amou tudo que envolve o universo do jornalismo. Nas horas vagas é fotógrafa, mãe de cachorro e leitora compulsiva.
[+] Artigos de Nathalia Marques