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Cura nas aranhas

Toxina encontrada no veneno de aracnídeo brasileiro pode ajudar no tratamento da disfunção erétil

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Sem o duplo sentido do velho Raulzito, são as aranhas mesmo que fazem o “negócio” subir. Pelo menos é o que sugere um estudo desenvolvido por cientistas brasileiros e norte-americanos e publicado pelo Journal of Sexual Medicine. Segundo ele, uma toxina do veneno da aranha brasileira Phoneutria fera, popularmente conhecida como Armadeira, ou aranha da banana, pode ajudar no tratamento da disfunção erétil em humanos.  

Em testes realizados com ratos idosos, os pesquisadores descobriram que a injeção da toxina PnTx2-6 melhorou a ereção dos animais somente 15-20 minutos após a aplicação. A “mágica” acontece por causa do óxido nítrico, uma substância capaz de dilatar os vasos e aumentar o fluxo sanguíneo. De acordo com os autores, o nível de óxido nítrico no organismo masculino tende a diminuir com a idade.

O novo tratamento pode ajudar pacientes que sofrem de impotência e não reagem a drogas como o Viagra, que utiliza recursos diferentes para o mesmo fim, segundo uma declaração do co-autor do estudo, Dr. Kenia Nunes, ao MSNBC. Para estes homens, a saída atual é injetar drogas no pênis ou implantar bombas que elevam manualmente o nível de sangue no órgão -- nada muito romântico. 

Responsável pelo maior número de mortes do que qualquer outro aracnídeo, a Armadeira aparece no Guinness, o livro dos recordes, como a aranha mais peçonhenta do mundo. Somente 0,006 g do seu veneno seria suficiente para matar um dos ratinhos que “colaboraram” com a pesquisa. Entre os sintomas sofridos pelo envenenado está o priapismo -- ereção persistente e dolorida -- o qual chamou a atenção dos especialistas há dois anos. Pela presença da neurotoxina PhTx3, no entanto, a picada da Armadeira pode levar à morte através de convulsões, edemas e paralisias.