7 Mitos e verdades sobre próteses penianas Médico separa o joio do trigo quando se parte para a terceira opção de tratamento contra disfunção mais visada do Brasil gplus
   

7 Mitos e verdades sobre próteses penianas

Médico separa o joio do trigo quando se parte para a terceira opção de tratamento contra disfunção mais visada do Brasil

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Você já broxou alguma vez? Bem, antes de responder vale saber que mais da metade dos brasileiros assume que já teve problemas de ereção ou é sexualmente impotente, segundo um estudo feito pelo IBOPE a pedido da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

“O implante de próteses penianas é reconhecido atualmente como alternativa definitiva e a mais efetiva para casos de disfunção erétil que não tenham origem psicológica”, segundo as diretrizes para o tratamento da doença da SBU. Indicado obviamente quando um medicamento não está tendo efeito ou quando as terapias não estão apresentando resultado, muitos caras ainda têm muitas dúvidas sobre o assunto.

Confira a seguir 10 fatos e lendas desmentidas pelo médico urologista e chefe do Departamento de Andrologia da SBU, Antonio de Moraes Junior, sobre próteses penianas.

1) Meu pênis vai ficar bem maior do que sempre foi. Aumentar o tamanho do pênis? Mito. “Os dois tipos de próteses disponíveis (semirrígida e inflável) são indicados para o tratamento da disfunção erétil irreversível. O objetivo do implante é a reativação da atividade sexual e não a ampliação peniana”, afirma o especialista. Entretanto, no caso da prótese inflável, talvez a circunferência do pênis aumente.

2) Vou ficar de pau duro pra sempre. Não, meu caro, pode parecer um pesadelo (ou um sonho?), mas depois do implante da prótese você não vai ter ereção perpétua. Segundo Moraes Junior, há dois tipos de prótese disponíveis, a semirrígida e a inflável. “Com a prótese semirrígida, o pênis fica ereto permanentemente, embora seja possível deixá-lo em diferentes posições de acordo com a necessidade. Já a prótese inflável reproduz a ereção tal como ela ocorre quando o homem não tem disfunção erétil. O sistema desse tipo de prótese imita o fluxo sanguíneo natural no momento da ereção”, garante o médico. “Trata-se de uma tecnologia de inflação e deflação totalmente controlável, o que permite uma ereção no momento desejado.”

3) Todo mundo vai perceber.  Mito. A prótese inflável permite que o pênis mantenha o total estado de flacidez do quando não há o desejo da ereção. “Isso se deve ao mecanismo moderno desse tipo de implante, que é composto por uma bomba implantada no saco escrotal que ativa e desativa o sistema de ereção”, explica Moraes Junior. Segundo ele,  “aparentemente, não é possível perceber a existência da prótese inflável. “

4) A prótese tem que ser trocada de tempos em tempos. A troca só é realizada em raros casos de quebra (prótese semirrígida) ou falha mecânica (prótese inflável).

5) A cirurgia é perigosa e a recuperação longa.  Não é verdade. “O procedimento é simples e geralmente a duração varia de 45 minutos a 1 hora e meia”, informa  o urologista. E tudo pode ser feito com anestesia local ou geral. “Cada paciente se restabelece da cirurgia de uma forma diferente, mas o tempo médio de recuperação varia de quatro a seis semanas”, observa ele.  O tempo médio para você pode voltar a transar é de cerca de quatro a oito semanas. 

6) O organismo pode rejeitar a prótese. Embora improvável, infelizmente é verdade. “Como em qualquer cirurgia de implante de próteses, a possibilidade de eventuais complicações existe”, comenta o médico. “No caso das próteses penianas, essa chance é mínima. Infecções ocorrem em apenas 3% dos casos.”

7) Dá pra fazer pelo plano de saúde. Mito. Os planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobrem o procedimento. Apenas a prótese semirrígida está disponível no SUS e na saúde suplementar (planos de saúde).


Danilo Barba