Graduação alcoólica no rock Saiba quais são os drinques e bebidas favoritos que roqueiros das antigas enxugam nas festas e nos camarins gplus
   

Graduação alcoólica no rock

Saiba quais são os drinques e bebidas favoritos que roqueiros das antigas enxugam nas festas e nos camarins

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Roqueiro de verdade nunca está com a mão desocupada. Em uma está o microfone ou o instrumento e na outra uma garrafa de birita. Ultimamente, para a decepção de muitos, o bom-mocismo chegou com força ao rock, mas a imagem clássica do artista deste gênero musical está diretamente ligada à boemia, bebedeiras apocalípticas e, infelizmente, finais trágicos, como o do saudoso John Bonham, baterista do Led Zeppelin. Saiba agora o trago predileto de alguns astros que são dignos embaixadores da vida torta:

Ozzy “imortal” Osbourne (Black Sabbath): conhaque Courvoisier
A lista só poderia começar com o eterno vocalista do Back Sabbath. Ozzy era daqueles que bebiam até perfume se fosse o caso. Cachaceiro nato, chegou a declarar que passou 40 anos de ressaca. O cara gostava muito de encher a cara no pub que ficava perto de sua casa, quando ainda tinha residência fixa na Inglaterra.

Muitas vezes, ele chegava no bar de roupão e botas. Ele curtia de tudo, mas declarou, em sua autobiografia, um carinho todo especial pelo conhaque Courvoisier. Depois de passar por vários tratamentos de reabilitação contra o alcoolismo, o Príncipe das Trevas diz que está sóbrio.

Keith “Highlander” Richards (The Rolling Stones): whisky Jack Daniels
Outro que nem a ciência sabe como está vivo até hoje é o guitarrista dos Stones Keith Richards. Aos 67 anos, este selvagem do rock n’ roll não bebia, entornava! Um dos primeiros bad boys do gênero, Keith já provou e consumiu avidamente todo tipo de droga já inventada. Mas como todo bom inglês, era um bebum de respeito.

Sua bebida predileta, no entanto, é o whisky americano Jack Daniels, proibido pelo seu médico, depois que sofreu uma séria lesão ao cair de um coqueiro, quando tentava alcançar, no topo, o amigo e também guitarrista dos Rolling Stones, Ron Wood. Os dois estavam “para lá de Bagdá”.

Axl Rose (Guns N’ Roses): champanhe Krug
O vocalista do Guns N’ Roses é comprovadamente bom de copo. E sempre quando vem ao Brasil, enche a cara sem piedade. Depois de sua esperada apresentação no Rock in Rio 3, em 2001, ele bebeu até às 7h da matina, sem parar, na piscina do Copacabana Palace.

Quem esteve na companhia de Axl Rose, naquele dia, diz que rolou vodka, whisky, tequila e champanhe, à propósito, sua bebida predileta. Não é de se espantar, pois frescura é com Mr. Rose, a eterna Prima Donna do rock. Sua marca predileta é Krug.

John Bonham (Led Zeppelin): vodka russa
O dia 25 de setembro de 1980 é uma das datas mais tristes para os amantes do hard rock. Neste dia sombrio, o baterista do Led Zeppelin, o lendário e inimitável John Bonham, foi vítima do próprio vômito – morte por asfixia. O óbito foi fruto de uma noite daquelas, quando Bonzo (apelido) tomou impressionantes 40 doses de vodka! Ele foi levado do bar por um dos roadies do Led, na noite anterior à tragédia. Na manhã seguinte, foi encontrado morto.

Lemmy Kilmster (Motörhead): whisky Jack Daniels
Outro fã desta marca de whisky seminal é o vocalista/baixista do Motörhead, Lemmy Kilmster. Este senhor de mais de sessenta anos, que foi roadie de Jimi Hendrix e formou uma das bandas mais importantes do metal, é a verdadeira personificação do rock. Sua devoção pelo Jack Daniels foi expressada na seguinte declaração: “Eu bebo uma garrafa de Jack Daniels todo dia, há 30 anos.”

Cazuza (Barão Vermelho): o whisky que estivesse na frente
O maior poeta do rock nacional sempre foi marcado pela intensidade. Os versos da música “Por Que a Gente é Assim”, escrita por ele e seu eterno parceiro Roberto Frejat, “mais uma dose / é claro que eu tô afim / a noite nunca tem fim” eram seguidos à risca por Cazuza, principalmente na Pizzaria Guanabara, até hoje localizada no Baixo Leblon, área nobre da zona sul do Rio.

Ele gostava muito de tomar e pagar rodadas de chopp para seus amigos e até desconhecidos. Mas a bebida predileta do cantor e compositor era o whisky. De preferência, o melhor importado que estivesse na prateleira do bar. Desde a adolescência, ele andava com uma garrafa na mochila.

Essa paixão pela bebida escocesa veio, provavelmente, da primeira vez que esteve na presença de Vinícius de Moraes. Nos tempos de colégio, ele e o hoje consagrado jornalista Pedro Bial, eram amigos e estudaram por muito tempo na mesma sala de aula. A pedido de seu pai, o produtor musical João Araújo, o Poetinha aceitou receber os garotos para a realização de um trabalho para a escola.

Logo de cara, Vinícius ofereceu whisky para os garotos, que revelaram ter saído completamente embriagados da casa do compositor.

Keith Moon (The Who): brandy
Considerado o cara mais louco do rock n’ roll de todos os tempos, Keith Moon, baterista do The Who, que chegou a afundar um Rolls-Royce numa piscina, vivia no fio da navalha, por conta do abuso de drogas e bebidas. Mas, no palco, não tinha para ninguém! Moon bebia de tudo, mas o que ele gostava mesmo era de entornar brandy (conhaque).

Na tentativa desesperada em parar de beber, acabou morrendo em consequência de uma overdose causada pela ingestão desmedida do remédio que ele tomava para se livrar do alcoolismo, em 07 de setembro de 1978.

John Lennon (The Beatles): Brandy Alexander
Lennon nunca teve fama de bebum, mas gostava de uns pilequinhos, de vez em quando. Mas no tempo em que ficou separado de Yoko Ono, em meados da década de 1970, ele encheu a cara compulsivamente para afogar as mágoas. O drink predileto de John era o coquetel Brandy Alexander. Segue a receita:

1/3 de uma lata de creme de leite
1/3 de uma dose de conhaque
1/3 de uma dose de licor de cacau.
Adicione uma pitada de noz-moscada em pó e gelo picado.

Raul Seixas: cerveja, whisky e cachaça
Para Raulzito, não tinha tempo ruim. Segundo relato de pessoas próximas, logo após receber alta do hospital, depois de ter pedido quase metade do pâncreas, foi direto para o bar. Pouco antes de morrer, o cantor e compositor baiano chegava a esperar a padaria abrir para tomar uma “branquinha”. Alguns estabelecimentos, por recomendação de amigos e parentes, negavam seus pedidos. Mas ele sempre dava um jeito de achar uma birosca de portas e braços abertos. Assim era Raul Seixas, um digno maluco beleza. Mas o vício e a diabetes tiraram-lhe a vida, em 21 de agosto de 1989.

Freddie Mercury (Queen): champanhe Moet & Chandon Rose Imperial
Freddie Mercury gostava muito de festas. Chegou a oferecer muitos banquetes dionísicos em sua casa, em Londres, regados a bebidas caras, drogas e garotões peludos. Nunca foi um beberrão como Ozzy, mas, classudo como era, gostava do bom e do melhor. E sua bebida predileta era o especialíssimo champanhe Moet & Chandon Rose Imperial.

Kurt Cobain (Nirvana): Quick de morango
Não é brincadeira! O que Kurt Cobain gostava de fazer derramar goela abaixo era Quick de morango. Por sofrer de dores crônicas no estômago, o líder do Nirvana acreditava que a bebida revestia o aparelho digestivo, o que amortizava um pouco o incômodo. Tão meigo era esse jovem rebelde de Seatle...