Nada de Sex on The Beach, Cosmopolitan ou Marguerita. Fazer coquetéis é uma arte, mas, como juntar vodka com coco só enfraquece a bebida, deixaremos para falar sobre misturas “agradáveis” em outro post. Hoje o papo é para brutos, para aqueles que aguentam tomar o que for sem se importar se vai ou não arranhar a garganta.
Como são resultados de misturas e experimentos malucos, é praticamente impossível identificar qual é, de fato, o coquetel mais forte do mundo. De certo, quanto maior for o teor alcoólico da bebida a ser misturada, mais potente será a mistura. Pensando nisso, bolei uma lista com cinco famosos coquetéis que dispensam suavidade e esbanjam teor alcoólico. E, se dizem que misturar uma bebida alcoólica com outra pode ser fatal durante a bebedeira, quero ver ficar de pé depois de provar algumas dos drinks abaixo servidos nos bares do mundo afora.
Zombie - você se sentirá como um morto vivo
A lenda conta que nos anos 30, um cliente de ressaca chegou ao bar do Donn Beach, famoso barman de Hollywood, e pediu uma bebida para ajudá-lo a encarar uma viagem de reunião de negócios. Logo, Beach misturou diversos tipos de rum com algumas coisas a mais e deu ao rapaz. Sete dias depois, o mesmo homem voltou ao bar alegando que a tal bebida que recebera o fez sentir como um zumbi durante toda a viagem. Desde então o Zombie virou um sucesso. Devido ao seu alto teor alcoólico, atualmente os bares Don The Beachcomber (o mesmo bar de Donn Beach, que posteriormente virou uma rede) limitam a servir somente duas doses de Zombie a seus clientes.
Ingredientes por medida
2 Bacardi 151
1 Rum branco
1 Rum ouro
1 Rum escuro
1 Apricot Brandy
1 Suco de abacaxi
1 Suco de laranja
0,25 Suco de limão
1 Grenadine (xarope de romã)
Modo de preparo
Coloque todos os ingredientes (exceto o Bacardi 151) e misture. Coloque o Bacardi 151 por cima para finalizar
Morte à Tarde (Hemingway Champagne) - não era só de Mojito que Hemningway vivia
Que o escritor americano Ernest Hemingway gostava de beber todo, mundo sabe. O que nem todos sabem é que ele também preparava coquetéis dignos de barman de primeira linha. Além de muitos livros, um dos legados deixados por Hemingway é o coquetel originalmente conhecida por Death in the Afternoon. O escritor gostava tanto desse drink à base de absinto que até chegou a dar a um de seus livros o nome da bebida.
Ingredientes por medida
1,5 Absinto
4,5 Champanhe
Modo de preparo
Jogue o absinto sobre a taça de champanhe. Adicione o champanhe gelado por cima.
Aunt Roberta - ela já enlouqueceu muitos homens
A história conta que este drink foi feito por uma mulher que hoje a conhecemos somente por Tia Roberta. Tia Roberta viveu no século 19. Filha de uma escrava, ela sofria abusos sexuais quando criança, o que fez com que saísse de casa ainda jovem. Antes de começar a vender bebidas à base de gin e moonshine, Tia Roberta chegou a trabalhar como prostituta. Após sua morte aos 32 anos em 1886, um de seus antigos clientes, Billy Joe Spratt, criou uma série de bares em Nova York com base na bebida Aunt Roberta. Em dois anos, Billy Joe Spratt se tornou milionário.
Ingredientes por medida
2 absinto
3 Vodca
1 Brandy
1,5 gin
1 Licor de blackberry
Modo de preparo
Misture todos os ingredientes em uma coqueteleira. Sirva e aproveite.
Negroni - o conde que queria algo mais forte
Essa bebida surgiu na Itália, em Florença, mais precisamente. Tudo começou no Caffè Casoni (hoje, Caffè Giacosa), quando o conde Camilo Negroni, cansado dos drinks tradicionais, pediu um drink forte e diferente ao barman Fosco Scarselli. Negroni gostou muito da nova bebida que Scarselli tinha acabado de criar e, por conta do conde italiano viajar bastante pela Europa, não tardou muito para que outros estabelecimentos passassem a oferecer o tal coquetel “Negroni” em seus cardápios.
Ingredientes por medida
1 Gin
1 Vermute doce
1 Campari
1 Pedaço de laranja
Como preparar
Coloque duas pedras de gelo no copo. Adicione todos os ingredientes e misture-os. Acrescente uma rodela de laranja e pronto.
Black Russian - a pancada com gosto de café
Apesar de levar a Rússia no nome, exceto pela vodka, essa bebida nada tem nada a ver com o país do leste europeu. A primeira vez que essa bebida se apresentou para o mundo foi em 1949, e por ironia (ou não), a primeira pessoa a beber o Black Russian foi justamente um americano, em plena Guerra Fria. Tudo aconteceu no luxuoso Hotel Metropole, de Bruxelas, quando o barman Gustave Tops, em honra à embaixadora dos Estados Unidos, Perle Mesta, resolveu fazer uma bebida forte e com leve sabor de café.
Ingredientes
2 Vodca
1 Kahlúa (licor à base de café)
Modo de preparo
Não precisa de coqueteleira, basta adicionar os ingredientes em um copo e mexê-los.
Sobre Guilherme de Souza Guilherme
Prefere perguntas a respostas e está num relacionamento sério com o jornalismo. Fã de música e livros, é zagueiro adepto do bom futebol, palmeirense-roxo e ex-taekwondista.
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