Os vikings, antiga civilização originária da Escandinávia, se tornaram um sinônimo de virilidade - e sua rica história só atesta isso. Durante todo o seu reinado, a cultura viking, hoje restrita a Suécia, Noruega e Dinamarca, espalhou-se por grande parte do império britânico e se estendeu até a Europa Oriental. Com a chegada da Idade Média e a cristianização do povo europeu, os ideais vikings se esvaíram. Após a Segunda Guerra Mundial, esse legado foi até proibido de ser mencionado em público. Mas isso acabou. A Noruega acaba de reabilitar a imagem do viking em um curso para “formar” guerreiros.
Mesmo que a cultura dos valentes nórdicos nunca tenha caído em esquecimento (principalmente nos países escandinavos), hoje é possível fazer um curso para viver como um. O responsável pela empreitada é Jeppe Nordmann Garly, que por anos foi um “viking recreativo”. Garly participa de encontros onde as pessoas se trajam como no século X, e vive trocando as mais diversas informações sobre a cultura viking em fóruns na internet.
Localizado a 185 quilômetros da capital Oslo, a cidade de Seljord abriga agora um campus onde os entusiastas da cultura viking podem finalmente viver como um. Porém, diferente dos tempos antigos, quando os vikings aterrorizavam os mares da Europa, alguns traços da cultura não são mais cabíveis nos dias de hoje. Coisas como o pendor pela violência e saques são proibidas no campus. Outra proibição é o uso de símbolos nazistas de origem nórdica, apropriados principalmente pela Alemanha nazista e pela Noruega fascista.
O curso de cultura viking tem nove meses de duração e custa cerca de 2.200 dólares. Os 14 alunos que estão matriculados e acompanhando as aulas disseram que foram atraídos pela oportunidade de trabalhar com as mãos e entrar em contato com a história.
Sobre Marcel Costa
Amante do bar, da música e da literatura. Mais retardado que fantástico.
Toca tão mal quanto escreve. Acredita que no final do dia é tudo por ela.
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