Museu do Vibrador Fabricante de vibradores inaugura a exposição de dispositivos usados para “aliviar a tensão” desde o século XIX até a atualidade gplus
   

Museu do Vibrador

Fabricante de vibradores inaugura a exposição de dispositivos usados para “aliviar a tensão” desde o século XIX até a atualidade

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Ainda hoje, poucas mulheres assumem que usam vibradores para se consolar quando os hormônios estão à flor da pele. Não precisa ser nenhum gênio para perceber que desde pequenos, os meninos são estimulados por todos os lados a conhecer seu corpo, enquanto as garotas são repreendidas em “doses homeopáticas” a cada tentativa. Nessa moral intrincada em que vivemos, o vibrador faz par simbólico com a pílula, garantindo liberdade sexual e concepcional às mulheres.

A relação delas com os brinquedos que as permitem controlar quando e como sentir prazer foi tão importante que já virou história. O museu do sexo pode ter chegado à América, mas a sensação mais sacana do momento na terra do Tio Sam é o Antique Vibrator Musem (Museu de Vibradores Antigos) -- inaugurado em abril pela Good Vibrations, empresa de acessórios eróticos, na Polk Street, em São Francisco, EUA.  

A exposição cobre o “estranho e maravilhoso” mundo dos vibradores desde os anos 1800 até os dias de hoje, apresentando uma coleção de artefatos sexuais “garimpados” durante 20 anos pela fundadora, Joani Blank . Bastante informativo, o museu traz peças que contam de que maneira a ideia do vibrador elétrico apareceu em 1869, com a invenção de um massageador à vapor patenteada por um médico norte-americano. Descartando para sempre os aspiradores, ferros e frigideiras, esse tipo de vibrador foi popular por quase uma década, até a chegada dos aparelhos elétricos.

No início, os vibradores eram vendidos como cura para a histeria. Até mesmo em 400 a.c., a masturbação com um deles era recomendada para tratar a “doença” -- o que pensaríamos hoje se o médico nos receitasse uma punhetinha diária pra sossegar a fera? Somente em 1952 a histeria não mais considerada uma doença médica. 

Já durante os anos 1920, os vibradores eram recomendados como produtos de saúde e beleza, e nos dez anos seguintes se tornaram objetos de decoração pelo design criativo. O gosto, no entanto, é um pouco duvidoso, pois muitos lembram polidores de carro, acessórios de escritório, máquinas de tortura e telefones bastante conceituais. Para disfarçar o propósito real de uso desses dispositivos, até jogadores de beisebol chegaram a estrelar suas embalagens.