Um dia você pode estar caminhando por aí e se deparar com uma gatinha de óculos de sol te encarando descaradamente, fique ligado -- se houver a assinatura da 2A1 Labs na lateral, pode ter certeza que ela estava tentando ver suas emoções. 

Enquanto milhões aguardam o Google Glasses, os superóculos que devem ser lançados até o final do ano nos EUA, a 2A1 Labs, companhia de pesquisa de cognição em humanos e máquinas, apresenta outros com uma tecnologia talvez ignorada pela gigante norte-americana: a de identificar o que uma pessoa está sentindo ao “mapear” sinais de mudança espectral no tom da pele. 

Em uma recente entrevista à Forbes, o diretor de Cognição Humana da companhia e autor do livro A Revolução da Visão, Mark Changizi, disse que a ideia nasceu enquanto estudava a evolução da visão de forma e cores em primatas. O pesquisador concluiu que esta capacidade que dividimos é voltada à detecção de informações sobre a saúde, humor e as emoções de outras pessoas.

A partir daí, Changizi vislumbrou a possibilidade de ampliar a percepção dos sinais espectrais através de uma espécie de filtro passivo, o que tornou viável eliminar os sinais necessários para concretizar o projeto. Segundo ele, a tecnologia patenteada usada nos óculos também deverá ser visada pela medicina, já que ela torna a pele mais transparente ao observador, permitindo até enxergar o tecido vascular. Changizi defende ainda que essa é uma capacidade que nossos olhos já têm até certo ponto, na qual a medicina se baseia há milênios -- o O2Amp funciona como uma lente de aumento neste sentido.

O blog da 2A1 Labs revelou que o primeiro lote do produto já chegou à sede da empresa nos EUA. Porém, aqueles que já estão com o cartão de crédito na mão, podem tirar o cavalo da chuva -- o O2Amp pemanece em fase de teste concedido apenas a médicos.