Uma mescla de faroeste e ficção científica, Westworld é uma adaptação para a telinha do filme homônimo de 1973 estrelado por Yul Brynner e James Brolin. Situada em um futuro não tão distante, em que humanos frequentam parques temáticos e interagem com robôs que sequer desconfiam de sua própria natureza, a trama explora o que aconteceria se as máquinas questionassem sua submissão ao homem. Uma das melhores surpresas de 2016, a série irá ganhar a segunda temporada ainda este ano.

"Apenas" um dos maiores sucessos de televisão de todos os tempos, o clássico seriado Bonanza fez história e ajudou a popularizar o faroeste durante os anos 60. A trama narra a saga de um rancheiro viúvo e de seus três filhos na defesa de seu rancho Ponderosa, em Nevada. Os personagens humanizados, que transmitiam exemplos de bravura e honradez, fizeram sucesso entre o público, assim como a inesquecível música de abertura. No Brasil, infelizmente, o declínio do gênero faroeste fez com que Bonanza não fosse tão reprisada.

Talvez o filme homônimo com Mel Gibson como o personagem-título e Jodie Foster seja a primeira lembrança dos mais jovens, mas tudo começou com uma série de Tv, em 1957. Estrelada por James Garner no papel de Bret Maverick, a série era protagonizada também pelo eterno James Bond Roger Moore. Os dois interpretaram jogadores de poker que viajavam pelo velho oeste atrás de grandes prêmios por jogos. No já citado filme de 1994, James Garner vestiu o chapéu mais uma vez, dessa vez como o pai de Bret Maverick.

Não é de hoje que as séries originais da Netflix arrancam elogios pela originalidade e qualidade. Com Godless, que chegou ao streaming no final de 2017, não foi diferente. Os sete episódios contam a história de um bandido que persegue seu antigo parceiro, agora um inimigo. O fugitivo encontra refúgio em um rancho de uma cidadezinha onde todos os homens morreram em um acidente e coube às mulheres tomarem as rédeas do lugar. Quebrando paradigmas do faroeste sem perder a essência do gênero, Godless é espetacular do início ao fim.

O que aconteceria se James Bond fosse parar no velho oeste? A resposta está em Wild Wild West. A série, que tinha como objetivo concorrer com as populares séries de espionagem, como Missão Impossível, unia faroeste, ficção científica e comédia. Na história, James West é um agente a serviço do presidente Ulysses S. Grant que, com a ajuda de Artemus Gordon e suas invenções, precisa proteger o país de todo tipo de ameaça. Assim como foi o caso de Maverick, James West ganhou uma produção no cinema em 1999. Com Will Smith e Salma Hayek no elenco, As Loucas Aventuras de James West foi um fracasso de crítica e bilheteria. 

Calcada na história verídica da rivalidade entre as duas famílias no século 19, a minissérie Hatfields & McCoys explora temas como honra, vingança e justiça levadas ao extremo. Na trama, os amigos Anse Hatfield e Randall McCoy retornam da Guerra de Secessão, onde lutaram lado a lado. Ao chegarem em casa, contudo, tem início uma longa e brutal desavença entre suas famílias, num conflito que se estenderá por 28 anos e custará vidas de membros dos dois lados. 

Deixando o velho oeste um pouco de lado, Justified é uma série que, basicamente, coloca um cowboy para resolver casos policiais atuais. O cowboy, no entanto, é um policial rápido no gatilho pouco inclinado a seguir regras que é transferido de Miami para Kentucky, sua terra natal. Com seis temporadas, Justified se tornou rapidamente uma das favoritas do público. Um faroeste moderno que vale a pena conhecer.

Do rádio para a TV, onde tornou-se o segundo seriado mais longo de todos os tempos (atrás apenas de Os Simpsons), Gunsmoke iguala-se a Bonanza em popularidade. Com um agente da lei como personagem central, as histórias se passam em torno de Dodge City, Kansas, durante o velho oeste. Alguns anos depois da série chegar ao fim, todo o elenco foi reunido para reprisar seus papéis no filme Gunsmoke: Return to the Dodge e na sequência Gunsmoke: The Last Apache. A popularidade da série fez também com que Gunsmoke fosse adaptado para as histórias em quadrinhos.

Inspirada no livro homônimo de Philipp Meyer, The Son é uma série que conta com o ex-James Bond Pierce Brosnan no papel central. Na trama, Brosnan interpreta o “Primeiro Filho do Texas”, um patriarca frio e calculista de uma rica família que tem interesse na indústria do petróleo capaz de tudo para proteger sua família e seu negócio. Com uma bela fotografia, a série dedica-se a explorar a origem do poder e ganância no velho oeste.

Em 10 episódios, Texas Rising compromete-se a contar a história da revolução texana contra o México que culminaria na independência texana e originaria os icônicos Texas Rangers (não, Chuck Norris não aparece), os agentes da lei com jurisdição em todo o estado. O elenco de astros é composto por Bill Paxton, Jeffrey Dean Morgan, Ray Liotta, Brendan Fraser e outros. Como não poderia ser diferente em uma série produzida pelo canal History, Texas Rising é uma aula de história, sem deixar de divertir como faroeste.

Hells On Wheels é outra série que tem como pano de fundo os anos posteriores à Guerra de Secessão. Desta vez, porém, a trama tem foco na construção da Primeira Ferrovia Transcontinental nos Estados Unidos. O dia a dia dos trabalhadores, prostitutas, mercenários e outros personagens que viveram e morreram no acampamento móvel que acompanhava as obras dá o tom da série. Para os que não resistem a uma série com gostinho de aula de história, é imperdível.

Rawhide foi um dos primeiros trabalhos de destaque de Clint Eastwood no gênero que o consagraria nas décadas seguintes. A série mostra a jornada de um grupo de vaqueiros responsáveis por transportar um grande número de cabeças de gado através de San Antonio, Texas, Sedalia e Missouri nos anos seguintes à Guerra Civil. O percurso, porém, é marcado por incidentes que precisam ser resolvidos pelos protagonistas. Para quem admira o trabalho de Eastwood, vale a pena conferir.

Com Steven Spielberg na produção, essa minissérie de seis episódios fala sobre a exploração do velho oeste e a guerra entre índios e brancos. A diferença, contudo, está em um detalhe importantíssimo: é narrada do ponto de vista dos nativos. Com essa premissa, a série desenvolve a história do romance entre uma indígena e um explorador que terá repercussões pelas próximas gerações. Apesar do tom mais "água com açúcar", a série não perde seu mérito como um faroeste de respeito.