As mulheres estão entrando de cabeça no universo erótico e por conta disso a indústria internacional da sacanagem vem sofrendo mudanças drásticas. No Brasil, não são poucos os sex shops que estão se transformando em verdadeiras butiques sensuais para agradar a elas, que representam 80% do público que consome produtos do ramo, segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme).
Recentemente, Nova York foi palco de uma ação que ilustra muito bem esta nova abordagem do mercado de brinquedinhos eróticos. A fabricante de acessórios sexuais e preservativos Trojan Vibrations virou notícia quando resolveu matar a “fome” da mulherada de uma maneira muito peculiar: colocou carrinhos de cachorro-quente em duas ruas da metrópole. Mas não se engane: em vez de salsichas, os pleasure carts, ou “carrinhos do prazer”, distribuíram gratuitamente 10 mil vibradores aos pedestres.
Em minutos, a fila já tomava a zona do edifício Flatiron e algumas ruas do distrito financeiro, e cada um dos passantes levou para casa um vibrador do modelo “Pulse” ou “Tri-Phoria”. Feitos em silicone, eles são à prova d’água, funcionam com apenas uma pilha AA e possuem até cinco velocidades. Se fossem adquiridos numa das lojas da marca, os vibradores não sairíam por menos de 30 e 40 dólares, respectivamente. Ao todo, a campanha custou US$ 350 mil à Trojan Vibrations, que só no ano passado investiu US$ 10,5 milhões em publicidade, segundo a Kantar Media.
E PARA OS HOMENS, NADA?
Um estudo financiado pela Trojan e publicado pelo Journal of Sexual Medicine revelou que 52.5% das mulheres e 44.8% dos homens norte-americanos usam vibradores regularmente. Quem ainda considera estes dispositivos apenas consolos femininos realmente parou no tempo: mais de 40% dos entrevistados de ambos os sexos afirmaram utilizar os produtos com seus parceiros de cama. Será que o brasileiro também curte um brinquedo na hora H?