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AreaH conversou com Celso Russomanno, o eterno repórter do consumidor, que vai bagunçar as eleições em São Paulo

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Quem não se lembra do pioneiro Aqui Agora, telejornal do SBT que foi ao ar entre 1991 e 1997, e marcou a TV brasileira pelas reportagens policiais ao vivo e abordagem dos fatos em tempo real, muito antes da internet. Hoje, a televisão tem “filhos” do Aqui Agora, como o Cidade Alerta, da Record, o Brasil Urgente, da Band, o Repórter Cidadão, da RedeTV!, entre outros.

Naquele telejornal, nascia para o Brasil Celso Russomanno. Ele era o repórter de defesa do consumidor, mediava os conflitos entre os consumidores e as empresas, colocando as partes frente a frente. Muitas vezes, a porrada rolava solta. Quando havia o final feliz, o repórter soltava a frase, que virou bordão: “Estando bom para ambas as partes, Celso Russomanno, Aqui Agora”.

Pois o repórter do consumidor daquele Aqui Agora hoje está na disputa para a Prefeitura de São Paulo e, até a entrada do tucano José Serra no páreo, liderava as pesquisas. Em janeiro, por exemplo, tinha 21% das intenções de voto. A última pesquisa, do início de março, apontava Serra com 30% e Russomanno, que é do PRB (Partido Republicano Brasileiro), com 19%, na segunda posição.

Quatro mandatos de deputado federal depois, ele se sente pronto para um cargo executivo. Se eleito, diz que quer transformar o serviço público em exemplo de orgulho para São Paulo. Com agenda lotada com a pré-candidatura à Prefeitura, além do trabalho de repórter na Record, no programa Balanço Geral SP, e de apresentador do Jogo do Poder, na CNT, Celso Russomanno respondeu às perguntas do AreaH por e-mail. Falou da infância, da família, do interesse pelo consumidor e, claro, sobre as eleições municipais.

Confira!

- Celso, fale um pouco sobre sua família. Onde nasceu e cresceu? É casado? Tem filhos?
Nasci na Vila Mariana (zona sul de São Paulo), cresci por lá e foi lá onde comecei a despertar a vontade de fazer algo que pudesse ajudar as pessoas. Percebia as desigualdades sociais e a indiferença e pensava que tinha que fazer algo para mudar essa situação. Atualmente, estou com 53 anos, casado, com dois filhos: Luara, de 24 anos, e o Celso, de 9 anos. Recentemente, descobrimos que teremos mais uma menina na família. Minha esposa, Lovani, está grávida de 3 meses.
 
- Qual sua formação?
Sou formado pela Faculdade de Direito de Guarulhos.

- Você é visto como um grande conciliador. De onde veio essa facilidade de falar em público, de conciliar, mediar conflitos?
Sou jornalista e radialista. Juntando com a minha formação em Direito, formei a minha base em conciliação.

- De onde veio o interesse pelo consumidor? Partiu de você ou de uma necessidade que enxergou na sociedade brasileira?
Partiu, na verdade, de mim mesmo, com o falecimento da minha primeira esposa devido à falta de atendimento médico. Foi assim que comecei a defender os direitos de pacientes com erros médicos, perícias, diagnósticos incorretos e, depois, comecei a defender as outras questões sociais.

- Por que resolveu seguir a carreira política? Quais seus objetivos? O que realizou até agora?
Foi em 1994, quatro anos depois de já estar atuando na defesa do consumidor. Percebi que a legislação precisava ser mudada e, assim, me lancei como deputado federal. Até o momento, tenho importantes projetos de lei já votados, várias CPIs, mais de 200 leis em que fui relator e dois feitos que considero muito importantes, que são o Estatuto do Torcedor e o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

- Você liderava as pesquisas para a Prefeitura de São Paulo e hoje aparece em segundo lugar. Acredita que pode bater medalhões, como José Serra?
Não pretendo bater de frente com ninguém, e sim disputar as eleições com todos os candidatos e apontar somente as deficiências da cidade de São Paulo.

- Quais são suas principais propostas?
A principal proposta é um serviço público de qualidade. Quero andar pelas ruas da cidade e ver as pessoas comentando que não esperam meses nas filas em busca de atendimento médico, que tem um bom transporte público na cidade, que a segurança está em alta e, acima de tudo, que os serviços são rápidos e eficazes.

- A cidade e o estado de São Paulo vêm se notabilizando por leis restritivas e de repressão, como a proibição de artistas na Avenida Paulista, por exemplo. O que pensa sobre o uso do espaço público da cidade?
Eu acredito que a arte é a cultura de um povo, então devemos ter representações artísticas sim, porém em espaços regulamentados. Proibir manifestações de arte é proibir o acesso do povo à cultura.

- Celso, o que você vai trazer de novo, se eleito? Dê o recado para quem não acredita mais em política e em políticos. Por que devemos acreditar em Celso Russomanno?
Se eleito, pretendo transformar o serviço público, que é um direito do consumidor, em algo de orgulho para a cidade. Com eficácia, rapidez, profissionais qualificados e bem remunerados. Queremos também uma cidade mais limpa. Proponho mutirões de limpeza, com o prefeito indo às ruas também, de vassoura na mão, porque isso não é vergonha pra ninguém.

Vamos atuar com o Governador para unir as polícias civil e militar, aumentando a segurança das pessoas. Quero tornar a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo a melhor do país, assim como era na década de 1960.

Além disso, vamos monitorar com câmeras as ruas com maior índice de violência, fazer campanhas ambientais para que os rios e córregos não sejam assoreados, combate à corrupção com a criação de corregedorias.

Para mim, política é sinônimo de serviço à sociedade e é isso que eu pretendo fazer, um serviço de qualidade ao morador da cidade de São Paulo.

Mais Celso Russomanno

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