Apesar de incríveis, os anos 90 foram a época de ouro do grotesco. Estrelando uma geração menos propensa a idolatrar líderes, e mais voltada para a mudança e abertura social, a década nos proporcionou artistas idiossincráticos, extravagantes e catastroficamente viscerais, como Marilyn Manson.  Para relembrar tempos mais polêmicos e desafiadores da história da música, a revista Rolling Stone decidiu homenageá-lo com a cronologia de seus momentos mais escandalosos. Dá só uma olhada em cada uma que o mechanical animal já se meteu!

Tática de choque: em sua autobiografia, Manson lembra de um show que fez onde apresentou uma atriz com traje de grávida passando o ferro numa bandeira Nazi no palco. “Enquanto o show progredia, ela se sentou com as pernas abertas e fingiu que fazia um aborto em si mesma”, escreveu ele. 

Consequências: Trent Reznor acabou contratando ele e lançando seu primeiro álbum, Portrait of na American Family, em julho de 1994. 

Tática de choque: A polícia de Jacksonville prendeu Manson em seu show na Flórida por “masturbar um pênis de borracha amarrado na cintura...e urinar na plateia”, como ele recorda em seu livro, e o cantor ainda foi acusado de violar o “Código de Entretenimento Adulto.”

Consequências: Na verdade, Manson estava usando uma cueca de borracha com um buraco na frente. O artista passou a noite na cadeia e foi avaliado por um psiquiatra antes de voltar ao convívio comum.  

Tática de choque: Enquanto gravava algumas faixas lado-b para o single “Lunchbox”, Manson convidou uma fã deficiente auditiva para visitar o estúdio. Ele pediu pra que ela ficasse pelada, e a decorou com cachorros-quentes, salames e pés de porco para uma sessão de fotos. Quando Pogo, membro de sua banda, e ela começaram a transar, o tecladista gritou que gostaria de chegar ao clímax num orifício pouco convencional da garota. 

Consequências: A groupie não se ofendeu nem um pouco: foi para o banho se refrescar enquanto Manson e o baixista Twiggy Ramirez praticavam o tal do banho dourado com o consentimento dela. “Acho que ela também achou aquilo arte e estava se divertindo”, escreveu Manson em sua autobiografia.  

Tática de choque: Num dia de folga da turnê que fez com o Nine Inch Nails em São Francisco, Manson recebeu uma ligação dizendo que o fundador da Igreja de Satã, Anton Szandor LaVey, queria conhecê-lo. “Quase no fim de nossa visita ele disse que queria me fazer uma honra e me deu um certificado de ministro da Igreja de Satã”, relatou ele no livro. “Parecia um diploma universitário.”

Consequências: Manson assinou o prefácio do último livro de LaVey, Satan Speaks!, lançado em 1997. “Anton LaVey compartilhou sua mágica, e acredito que ele fez deste planeta miserável um lugar melhor de se viver”, recomendou ele. 

Tática de choque: Manson criou uma cicatriz perpétua em seu braço quando ainda estava na escola usando um canivete de bolso, mas este ato não se compara ao fatídico show em São Francisco em que o cantor cortou o próprio peito com uma garrafa de cerveja quebrada. Em sua autobiografia, Manson narra que rasgou sua própria pele “até alcançar o outro lado.”

Consequências: Manson hoje carrega “uma das maiores e mais profundas cicatrizes na ‘treliça’ que é o meu torso.”