Mia Khalifa, a libanesa pornográfica Saiba mais sobre Mia Khalifa, 21, que é a terceira pornstar mais vista do Pornhub com 10 milhões de views em 29 vídeos eróticos gplus
   

Mia Khalifa, a libanesa pornográfica

Saiba mais sobre Mia Khalifa, 21, que é a terceira pornstar mais vista do Pornhub com 10 milhões de views em 29 vídeos eróticos

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Já faz alguns meses desde que Mia Khalifa chegou aos holofotes, e dificilmente não há nada que a tirará de lá tão cedo. Mas o que realmente importa é a forma com que enxergamos as proporções da moça.

Antes de escrever esta matéria tive que seguir o protocolo padrão, me tranquei no quarto, acessei o Pornhub e apreciei-a com o olhar clínico de um cinéfilo. Vi cada close, cada pose e cada “verso” que Mia destilava divinamente na telinha. Resultado? Calos nos 10 dedos e a fome de um maratonista. 

Basta uma passada em sua breve filmografia (29 vídeos e mais de 10 milhões de views) para ficar claro que ela é realmente merecedora do posto de terceira pornstar mais vista do Pornhub - ou seja, do planeta - e mais que isso, por um breve momento Mia tomou a coroa da rainha do pornô mundial, a - me faltou adjetivos - Lisa Ann. 

Vamos deixar claro que não é fácil sair do anonimato e em poucos meses alçar o posto mais alto do pornô superando donzelas da estirpe de Alexis Texas, Sasha Grey, Stoya, Remy LaCroix, Asa Akira, Madison Ivy, Christy Mack, Brandi Love, Rachel Starr e Tori Black (sim esta extensa lista nada mais é que um serviço de utilidade pública), mas Mia conseguiu, embora a história seja muito mais delicada e polêmica do que aparenta ser. 

Mia Callista (o seu verdadeiro nome) nasceu em Beirute, no Líbano, no dia 10 de Fevereiro de 1993, e se mudou com seus pais pros EUA quando tinha apenas 11 anos. Formada em história da arte pela Universidade do Texas de El Paso, Mia se mudou pra Miami e desde Outubro do ano passado tem trabalhado como atriz pornô. 

Em 14 de Novembro do ano passado, Mia estrelou o já clássico "Mia Khalifa is cumming for dinner", parte da série “Stepmom Videos”, em que madrastas trepam com os namorados de suas enteadas e com suas enteadas. Quatro dias depois, o filme foi liberado no PornHub e, a partir daí, sua vida nunca mais foi a mesma.

Na película Mia exibe sua tatuagem que significa algo do tipo “todos por nosso país, pela nossa bandeira” e está nos primeiros versos do hino do Líbano, Mia também usa uma hijab (véu que as mulheres muçulmanas usam pra esconder os cabelos) durante boa parte do filme, inclusive pelada e transando.

A pergunta é: Se já não é fácil ser mulher na sociedade em que vivemos, imagine ser uma mulher que faz o que bem entende com o seu corpo e, ao mesmo tempo, comete o “absurdo” de “desrespeitar” uma religião?

“Você percebe que você vai ser a primeira pessoa no Fogo do Inferno, né?“, “Você é gostosa, mas também uma decepção e vergonha pro nosso país“, foram apenas algumas das agressões desferidas a Mia no Twitter. E Mia passou ser fortemente criticada pela mídia libanesa também. Inclusive um babaca chegou a postar uma montagem de uma decapitação do Estado Islâmico com os dizeres: em breve.

Suas respostas fizeram jus à ideia de ter feito o vídeo com a hijab: “Eu quero mesmo pegar um bronze”, disse ao infeliz que decretou que ela queimaria sobre o Fogo do Inferno; “Seu pau duro deve estar bem confuso”, respondeu ao hipócrita que até a acha gostosa, mas afirma que ela é uma vergonha ao Líbano.

E o caos não parou por aí: “eles tem vergonha por eu estar ‘reivindicando’ o Líbano — como se eu tivesse escolha”, disse, em entrevista ao Newsweek, onde ela ainda fala sobre a reação dos seus pais que, nos Estados Unidos, se afiliaram ao partido Republicano. Eles não falam mais com ela e de acordo com ela a fazem se sentir culpada pela vergonha que eles sentem. “O Oriente Médio não tem coisas mais importantes pra se preocupar além de mim? Que tal encontrar um presidente? Ou conter o Estado Islâmico?”, afirma. 

E eu lhes pergunto a moça está errada? Claro que não! 

E antes que o primeiro fanático venha afirmar que qualquer punição é digna para aqueles que desrespeitam a SUA crença, vamos levar em consideração um breve argumento. Se formos ter tal reação desproporcional sempre que alguém ofende algo que julgamos sagrado, eu já teria matado todos os meus amigos que afirmam que Nirvana é melhor que Guns N’ Roses.

A música de Axl, Slash e sua trupe é tão sagrada pra mim quanto o alcorão e a bíblia são para seus seguidores, e não, não há 2 pesos e duas medidas. 

Por essas e outras o que sentimos por Mia Khalifa é muito maior que apenas tesão, é uma profunda e nobre admiração por uma jovem de apenas 22 anos e que já é obrigada a lidar com a rejeição dos pais e o ódio de seu país, "tudo" isso pelo simples fato de amar o que faz e ter orgulho de suas raízes


Marcel Costa