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Preocupado com a violência crescente? Carros blindados tem uma proteção a mais para te oferecer

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Em tempos de violência urbana crescente - o número de latrocínios e roubos de carro em São Paulo, no primeiro semestre de 2011, foram, respectivamente, 12% e 9,77% maiores do que no primeiro semestre de 2010 -, qualquer cuidado para aumentar a segurança é válido. Já pensou em blindar seu carro?

De acordo com a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), só nos primeiros seis meses do ano, 3.720 veículos receberam esse tipo de proteção, um aumento de 8,39% em relação ao mesmo período de 2010. E esse aumento se justifica justamente pelo aumento da criminalidade.

Blindagem
Antes de contratar uma blindadora, você precisa verificar se a empresa tem o Certificado de Registro, dado pelo Exército Brasileiro. Então é preciso solicitar com o Exército uma autorização para blindar o veículo especificado pela empresa. Depois da emissão documento, o carro precisa passar por uma inspeção para observar os itens ligados à segurança veicular, em uma Instituição Técnica Licenciada. E, por fim, você deve ir a um Posto de Vistoria Veicular para o serviço de Alteração de Características.

A blindagem mais praticada no mercado é a de nível III-A, que suporta até tiros de pistolas 9mm e revólveres .44 Magnum. Christian Conde, presidente da Abrablin, explica que esse é o nível de proteção mais adequado à atual realidade: “Garante proteção contra as maiores ameaças de armas curtas de fogo e mãos da criminalidade”.

Perfil
Uma pesquisa feita pela Associação com 28 empresas blindadoras filiadas aponta que São Paulo concentra 80% dos carros blindados, o que é explicado tanto pelo já citado aumento da criminalidade quanto pelo estado ter a maior frota de veículos do país. Rio de Janeiro aparece em segundo com 10% e, na terceira posição, empatados, Paraná e Pernanbuco, com 2% cada.

A pesquisa também revelou que homens foram os que mais procuraram o serviço, chegando a 65% dos usuários de blindagem. E, entre eles, 22% estão entre 50 e 59 anos. Do universo total dos usuários, 85% são executivos/empresários; 3%, artistas/cantores; 3%, juízes; 2%, políticos; outras ocupações (7%) completam o perfil.


Carros
Da mesma forma que não é qualquer pessoa que blinda um carro, também não é qualquer veículo que é blindado. E são os importados que mais aparecem no ranking da Abrablin, o que Conde explica com o maior poder de compra do real.

Em primeiro lugar aparece o alemão Tiguan, da Volkswagen, tomando o lugar até então ocupado pelo Corolla, da Toyota. Seguem o XC-60, da Corolla; o Santa Fé, da Hyundai; o Discovery, da Landrover; e o Azera, da Hyundai.

De acordo com Fabio Rovedo de Mello, diretor da Concept Blindagens, o tempo de garantia da blindagem é de 3 anos para blindagem transparente e de 5 anos para a blindagem opaca.  E a manutenção é feita periodicamente de acordo com o especificado no manual de cada blindadora.

Em caso de acidentes,  é mandatória uma análise da empresa que executou a blindagem ou de uma outra empresa blindadora ou reparadora credenciada pelo Exército Brasileiro, antes da execução dos serviços de funilaria e pintura.

Custos
O custo médio para se blindar um veículo no primeiro semestre foi de R$ 48.150,00. O preço da blindagem depende de cinco fatores:

1) Nível da blindagem - Quanto maior o nível de proteção, mais caro fica o serviço;

2) Área a ser blindada - A de um carro maior é mais onerosa do que a de um carro pequeno, onde a área a ser protegida é menor;

3) Tipo de material - Uma blindagem onde se utiliza mais aço tende a ser mais barata do que uma produzida majoritariamente com mantas de aramida. “Porém, o aço deixa a blindagem mais pesada, desgastando mais rapidamente algumas peças do veículo”, afirma Conde;

4) Procedência do material - O valor de um kit de vidro blindado para um veículo pode ter alteração de mais de 100%, porém, a diferença em sua durabilidade pode ser muito superior;

5) Projeto de blindagem e o know-how da blindadora e de seus profissionais.

Revenda
A revenda de um veículo blindado pode ser feita por intermédio de pessoa física ou jurídica, mas as revendedoras precisam de uma autorização do Exército Brasileiro para tal.

O controle, após a transferência do carro, fica a cargo da Secretaria de Segurança Pública, onde o novo proprietário apresenta autorização da SSP e a documentação de transferência de propriedade.