Desde sua primeira aparição, em 1939, o veículo de combate ao crime do homem-morcego já mexia com a imaginação das crianças, mas foi somente na década de 1960, na série de TV que o batmóvel se tornou o carro icônico que conhecemos hoje. De lá pra cá, o possante do detetive das trevas já passou por diversas versões, sempre acompanhando o humor de seu dono, mas permenece ainda hoje um objeto de desejo na mente de homens e adultos e crianças igualmente.

Não é preciso sequer ser um fã de carteirinha do agente secreto James Bond, o 007, para admirar os vários carros que fizeram história nos 50 anos do personagem. Entre tantos que fizeram parte da série e foram destruídos antes mesmo do final do filme - e olhe que não foram poucos -, entretanto, o Aston Martin DB5 usado pelo agente em 007 Contra Goldfinger talvez seja o mais cobiçado pelos homens. Não bastasse ser um carro de fazer os olhos brilharem, o automóvel ainda conta com alguns apetrechos típicos do espião, como radar, banco ejetável, entre vários outros.

Quem nunca sonhou em poder viajar para o passado ou futuro livremente, que atire o primeiro relógio. Em De Volta Para o Futuro, o genial Doc Emmet Brown (Christopher Lloyd) não apenas torna isso possível, como decide fazer em estilo: ele converte um velho automóvel modelo DeLorean DMC-12 em uma máquina do tempo completa. A partir de sua criação, o carro passa a fazer parte de diversas aventuras através do tempo com o cientista e o jovem Marty McFly (Michael J. Fox), que precisa impedir que ele mesmo deixe de existir, salvar o relacionamento de seus pais, mudar o fatídico futuro de seus filhos e resgatar seu amigo do Velho Oeste sem criar problemas históricos.

Se você sempre imaginou os carros dos filmes e séries de ação apenas como meios de transporte ou uma ferramenta do herói em sua luta contra o crime e a vilania, pense novamente. Em A Super Máquina, o carro deixa de ser apenas um simples automóvel para se tornar um personagem completo capaz de falar, pensar, salvar vidas e, é claro, correr. Na história, Michael Knight (David Hasselhoff), um verdadeiro justiceiro como os que existiam no Velho Oeste, luta contra o crime ao lado do supercarro K.I.T.T., um Pontiac Trans AM equipado com inteligência artificial de última geração que o permitia resolver crimes e muito mais. Um verdadeiro sonho de consumo para todos os homens nos anos 1980.

Nos anos 1970, eram bem comuns filmes e séries de ação centrados em policiais durões com carrões de dar inveja em qualquer um. Com Starsky e Hutch não foi diferente. A série lançada em 1975 contava o dia a dia de um dupla de policiais, Ken "Hutch" (David Soul) e Dave Starsky (Paul Michael Glaser), no combate ao crime da cidade fictícia de 'Bay City'. Um dos pontos mais marcantes da série de sucesso foi o carro dirigido pelos agentes da lei, um Ford Gran Torino  1974 que era capaz de aguentar qualquer pancada sem perder sua beleza e velocidade.

Na mesma década que apresentou ao mundo clássicos do cinema de terror como Uma Noite Alucinante, Poltergeist - O Fenômeno, A Hora do Espanto, A Hora do Pesadelo, Hellraiser, Sexta-Feira 13, Brinquedo Assassino, O Iluminado e tantos outros, Os Caça-Fantasmas buscou surfar na mesma onda e se tornou um filme cultuado até hoje justamente por ir na direção contrária e buscar no humor com fantasmas e espectros sua fórmula para o sucesso. Talvez ainda mais lembrado do que os icônicos personagens que fazem parte da história seja o carro ECTO-1, uma viatura de emergência dos Caça-Fantasmas que tornou-se um dos símbolos da franquia. 

Baseado em um mangá dos anos 1960, o desenho Speed Racer fez parte da infância de muitos de nós -  quem não se lembra de acordar cedo num pleno sábado de manhã para assistir ao desenho, com sua música de abertura inconfundível? No desenho, o jovem piloto Speed Racer competia em corridas perigosas ao volante de seu icônico carro Mach 5, construído por seu pai e mecânico, Pops Racer. Para vencer as provas, que frequentemente colocavam os corredores em meio a selvas, desertos e até mesmo um vulcão, além de precisar se proteger contra adversários ardilosos, o carro de Speed era equipado com diversos recursos, tais como pneus aderentes, serras elétricas e para-brisa à prova de balas -  o carros dos sonhos de todos nós, não é mesmo?

Curtindo a Vida Adoidado é daquele filmes típicos de Sessão da Tarde que não importa quantas vezes passe, você sempre irá assistir, se divertir, cantar "Twist and Shout" junto e torcer para que o fanfarrão Ferris Bueller (Matthew Broderick) consiga se safar das situações inesperadas em que se mete em seu dia de "folga voluntária" da escola. Além das frases e cenas marcantes, é impossível deixar de lembrar da luxuosa Ferrari 250 GT California 1961 que o jovem Ferris "pega emprestado" do pai de seu amigo Cameron (Alan Ruck) para curtir um passeio com a namorada. Quem já viu o filme sabe que fim teve a Ferrari, mas é praticamente impossível não sentir vontade de pegar uma emprestada também por um dia que seja.

Se o K.I.T.T. de A Super Máquina era um carro inteligente que ajudava as pessoas e estava do lado da lei, o carro que dá nome ao filme Christine - O Carro Assassino, o clássico de terror de John Carpenter,  não poderia ser mais diferente. Possuído por um espírito, o Plymouth Fury 1957 é encontrado abandonado por Arnie Cunningham, um jovem nerd dedicado a restaurá-lo sem saber que seu novo carro carrega consigo uma história de morte. Para retribuir o novo dono, Christine começa a perseguir e matar quem quer que faça mal a Arnie. Diretamente da mente insana e genial do autor de terror Stephen King (conheça outros livros do escritor), Christine é daqueles carros que você provavelmente não deveria pensar sequer em passar perto, mas que não consegue para de se imaginar dirigindo. 

Ao contrário de Christine, Herbie é um Fusca com vontade própria que não faz mal a ninguém. Desprezado, vai parar nas mãos do piloto de corrida fracassado Jim Douglas, ajudando-o a vencer várias competições. Esse carro amigável fez sua entreia em 1968, no filme Se Meu Fusca Falasse... e apareceu novamente nos filmes As Novas Aventuras do Fusca, de 1974; Um Fusca em Monte Carlo, de 1977; A Última Cruzada do Fusca, de 1980 e no recente Herbie - Meu Fusca Turbinado, de 2005. Sendo o Fusca mais famoso do mundo, Herbie foi responsável pelo aumento de vendas do modelo no final dos anos 1960.