Muitos dizem que a F1 não é mais a mesma de 25 anos atrás. Realmente, depois de Senna, o nosso interesse pelo automobilismo caiu significativamente. Sem grandes emoções e nenhum brasileiro disputando título, o domingo não tem mais tanta graça.
Porém, não podemos dizer que é por falta de tentativas da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Todos os anos são feitas mudanças, sempre buscando atrair mais público para a maior categoria de automobilismo do mundo. E 2017 não será diferente.
Em 2016 a mudança mais marcante foi no livro de regras, já em 2017 foram os carros que alteraram bastante. Talvez na primeira olhada você não perceba tanta diferença, mas muita coisa mudou. O objetivo é deixar os veículos mais rápidos e agressivos: expectativa de 3,5 segundos a menos por volta.
A largura máxima do carro que era de 180 centímetros passou para 200. O assoalho (base do carro) também ficou mais largo: de 1,4m para 1,6m. Esse aumento deve proporcionar uma maior estabilidade, especialmente nas curvas de alta velocidade.
As asas também aumentaram: de 16,5cm e 75cm para 18cm e 95cm na traseira e dianteira, respectivamente. Isso deve fazer o carro sentir menos o “ar sujo” proveniente do carro da frente, permitindo perseguições mais longas e próximas.
Para melhorar as perseguições, os pneus também foram alterados. Agora eles aquecem menos e, desgastam menos (quando um carro chegava muito próximo ao outro para ultrapassá-lo, o desgaste era significativamente maior), com isso a quantidade de parada nos boxes será menor. Além disso, eles também cresceram: o dianteiro passou de 24,5cm para 30,5cm e o traseiro de 32,5cm para 40,5cm. Com mais borracha, o contato com o asfalto é maior, e a tendência é um aumento de até 40 km/h nas curvas.
Os motores são os mesmos desde 2014, mas isso não quer dizer que também não passaram por algumas adaptações. Este ano não haverá mais o sistema de tokens, que permitirá um desenvolvimento ilimitado dos motores. E também terão um limite de giros mais altos, gerando um ronco mais forte.
Com o carro mais rápido, o consumo de combustível sobe. Por isso, o tanque passará a receber 105L e não mais 100 como em 2016.
Outra mudança significante foi na largada: mesmo com chuva, ela será realizada normalmente, sem o Safety Car. Caso esteja caindo um temporal, o começo da corrida será adiado até que haja condições de largar da maneira convencional.
Fique de olho: Lance Stroll, companheiro de Felipe Massa na Williams fará sua estreia na F1. Garoto de apenas 18 anos já chega assumindo o posto de segundo piloto de uma das principais escuderias. Dede 2014, ele não passou nenhum ano em branco: campeão da F4 Italiana, Toyota Racing Series e F3 Europeia – sendo que nessa última foram 14 triunfos em 30 corridas.
Sobre Arthur Gabor
Fascinado por viagens e esportes, todos eles. É lutador de Jiu Jitsu, entrou no jornalismo por conta da paixão pelos esportes e acabou se interessando por muitas outras áreas.
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